Você tem dúvidas sobre onde colocar o dinheiro que você ganha? Bom, isso vai de acordo com o seu perfil de investidor e objetivos. Atualmente, existem muitos tipos de investimentos, o que é muito positivo, mas pode confundir pessoas que não fazem ideia de onde começar.
E não saber por onde começar é algo bem comum em nosso país. Segundo pesquisas, a poupança ainda é o investimento preferido dos brasileiros. Tal dado nos mostra que por falta de conhecimento, muitas pessoas enxergam essa possibilidade como única, enquanto existem outras muito mais vantajosas.
Os dois tipos de investimento: renda fixa e renda variável
Os tipos de investimentos são separados em dois grandes segmentos: renda fixa e renda variável. Basicamente, as opções podem variar de acordo com a previsão de retorno sobre o dinheiro investido, a liquidez e o risco da aplicação financeira.
Investimentos de Renda Fixa
Os investimentos de renda fixa são aqueles em que é possível calcular a remuneração no momento da aplicação. Pode ser pré-fixado (quando o valor já é estabelecido logo no início) ou pós-fixado (quando o valor está atrelado a uma variável como a taxa SELIC, por exemplo).
Existem também opções híbridas. Nesse caso, o investimento tem um componente prefixado e outro pós-fixado. Desta forma, uma parte da rentabilidade é estabelecida no momento da aplicação e a outra é atrelada a um índice econômico. Por exemplo: IPCA + 5%.
E agora que você já entendeu o que é um título de renda fixa, vamos à variedade deste tipo de investimento:
Caderneta de Poupança
A poupança é uma soma entre conta bancária e aplicação de renda fixa simples e acessível para todo mundo. É isenta de custos. A nova regra da poupança diz que ela
rende 70% da taxa Selic enquanto ela estiver abaixo de 8,5% ao ano. Em 2019, o rendimento da poupança nova foi de 4,34%. Quando a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança vai render 0,5% ao mês + TR, assim como era antigamente.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
São títulos emitidos pelos bancos para captar recursos para o financiamento de certos setores da economia em troca de rentabilidade para o investidor. A LCI é destinada ao setor imobiliário e a LCA ao agronegócio. Ambas são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito.
Existem LCIs e LCAs com liquidez diária após cumprido o período mínimo de aplicação. Há também letras que só permitem o resgate na data do vencimento do papel – que costuma variar de um a três anos.
CRI e CRA
CRI e CRA são títulos de renda fixa que significam, respectivamente, Certificado de Recebíveis Imobiliários e Certificado de Recebíveis do Agronegócio. São parecidos com LCI e LCA, mas não são emitidos pelo banco, e sim por securitizadoras.
Os prazos e ganhos podem variar. A rentabilidade pode ser atrelada ao CDI, à inflação mais uma taxa, ou ter um rendimento prefixado definido na hora da aplicação. Esses investimentos também são garantidos pelo Fundo Investidor de Crédito.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
É um título emitido pelos bancos para o financiamento de suas próprias atividades. Basicamente, você estará emprestando dinheiro em troca de juros que podem ou não ser definidos no momento do investimento. Há incidência de imposto de renda.
As taxas e prazos podem variar em cada instituição financeira, por isso é importante pesquisar. O CDB é garantido pelo FGC.
Debêntures
Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas privadas. Quem compra debêntures está emprestando dinheiro para uma empresa expandir.
As regras relacionadas aos prazos e ao formato da remuneração das debêntures são definidas desde o momento da emissão pela empresa.
Debêntures incentivadas
O conceito de debêntures incentivadas é bem parecido com as do tipo comum, entretanto, existe um pequeno detalhe que faz toda a diferença: aqui, existe a isenção do imposto de renda.
Isso ocorre porque o dinheiro arrecadado por meio desses títulos é utilizado pelas empresas para executar obras ou serviços importantes para a infraestrutura do nosso país, como estradas e aeroportos, por isso, existe um incentivo do Governo Federal.
Fundos de renda fixa
Fundos de investimento são compostos por vários investidores que pagam suas cotas para que um gestor administre seus recursos. Os fundos de renda fixa aplicam pelo menos 80% dos ativos em renda fixa.
Os gestores prezam por rentabilidade e segurança. É preciso pesquisar, pois o desempenho depende da experiência do gestor. É cobrada uma taxa de administração.
Investimentos de Renda variável
Nos investimentos de renda variável, o rendimento não é previsível e pode variar ao longo do tempo. É mais arriscado que a renda fixa, mas também podem existir vantagens como flexibilidade no prazo e maiores rendimentos. A seguir, conheça as suas opções.
Ações
Ações são partes de empresas negociadas na bolsa de valores. Você pode adquiri-las por meio de corretoras. Assim, você se torna sócio da organização e está sujeito aos riscos e lucros deste negócio.
Buscar por análises de especialistas experientes no mercado pode te ajudar a escolher as empresas. Ah! E é indicado focar em uma estratégia de médio-longo prazo. Não caia nessa de que a bolsa de valores vai te deixar rico da noite para o dia.
Fundos (ações, multimercado…)
Assim como os fundos de renda fixa, os fundos de renda variável são divididos em cotas e administrados por um gestor. Todavia, aqui, a maioria dos investimentos são em renda variável, podendo incluir ações, variação cambial, títulos do mercado ou indicadores.
Tal qual nos fundos de renda fixa, o desempenho é proporcional à experiência do gestor, logo, é importante pesquisar muito bem antes de fazer a sua escolha. Além disso, você precisa estar atento ao objetivo do fundo. Ele deve estar alinhado aos seus objetivos.
Fundo imobiliário
Os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) são aplicações financeiras em papéis do mercado de imóveis. Ao comprar FIIs, o investidor se torna cotista de um conjunto de ativos imobiliários.
Uma das grandes vantagens é que o investidor recebe uma renda mensal, como se fosse um aluguel. Ainda assim, é importante lembrar que se trata de um investimento em renda variável e o risco deve ser gerenciado.
Conclusão: os seus objetivos e perfil vão definir os melhores tipos de investimentos para você
Como você viu, existem uma série de produtos financeiros ao seu alcance, divididos em duas categorias. Na renda fixa, você terá previsibilidade sobre o rendimento, enquanto, na renda variável, como o próprio nome já diz, podem haver variações positivas ou negativas.
De qualquer forma, você não precisa se prender a um único produto, pois a diversificação é uma estratégia fortemente recomendada no mercado. Além de trazer melhores oportunidades de ganhos, garante mais segurança, já que você não ficará à mercê de apenas uma fonte de renda.
Sendo assim, são os seus objetivos e perfil de investidor que vão te ajudar a definir quais são os tipos de investimentos mais adequados para compor a sua carteira. O seu objetivo pode ser, por exemplo, comprar uma casa daqui a 5 anos ou se aposentar daqui a 30.
Já em relação ao perfil, o investidor conservador é aquele que preza pela segurança acima de tudo. O moderado valoriza a segurança, mas está aberto a tomar alguns riscos em busca de rentabilidade. Já o arrojado é alguém com expertise, que tem maior tolerância ao risco e aceita as variações em busca de lucros maiores.
E se esse artigo tiver te ajudado, mas ainda não foi o suficiente para você se sentir totalmente seguro para fazer os seus investimentos, não se preocupe. Você pode contar com a STRATI para uma estratégia assertiva. Fale com um de nossos consultores pelo nosso WhatsApp.
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