Você já ouviu falar em endodontia? Sabe o que ela faz pela saúde do seu dente? Se não, acompanhe este material que preparamos especialmente para você e conheça um pouco mais sobre esta especialidade da Odontologia.
Endodontia é uma das áreas que envolvem a prevenção, a identificação e a realização dos procedimentos que envolvam a polpa dental, a cavidade endodôntica e também os tecidos periodontais, no entorno do dente que precisa ser tratado.
O endodontista é o profissional responsável pelo atendimento, que já se formou em Odontologia e concluiu sua especialização no tema. A cárie ou a dor são os primeiros sinais de que algo não anda bem com seu dente e deve procurar o endodontista.
Ele terá condições de avaliar corretamente o problema, corrigir trincas, fraturas entre outros traumas que possam vir a danificar a estrutura interna do dente. Ficou curioso para saber um pouco mais sobre essa especialidade? Acompanhe o post a seguir!
O que é a endodontia?
A endodontia é uma das diversas especialidades da Odontologia, sendo responsável de cuidar da parte interna do dente. Em sua etimologia a palavra vem da junção de outras duas: endo (dentro) e dontia (dente).
Ou seja, é uma área responsável em preservar o dente por meio de ações preventivas, diagnóstico, prognóstico e tratamento de qualquer alteração que envolva a estrutura interna ou polpa dentária, como é mais conhecida.
Graças ao avanço tecnológico, o que antes levava dias, hoje, com tratamentos mais rápidos e eficientes, pode ser resolvido no mesmo dia, dependendo do caso. A endodontia trata lesões da polpa (nervo) e da raiz.
É o mesmo que tratamento de canal, como esse procedimento ficou mais conhecido. Entre os principais sintomas de que algo não anda bem com o dente estão: dor persistente chegando até o maxilar; trauma aparente; inchaço e até mesmo a exposição do nervo.
Diferença entre endodontia e periodontia
Basicamente, endodontia responde pelo tratamento da parte interna do dente, enquanto a periodontia cuida da parte externa.
Apesar de estarem diretamente ligadas, estas especialidades não atraem muitos profissionais, sendo a ortodontia, uma das mais procuradas, segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO).
Dos quase 69 mil dentistas especializados no Brasil, 24,7% são ortodontistas. Ou seja, é grande o nicho de mercado para endodontistas e periodontistas, assim como a demanda é crescente.
A endodontia estuda a morfologia, a fisiologia e a patologia da polpa e das lesões perirradiculares ou doenças infecciosas que afetam os canais do dente.
O tratamento exige a presença de um endodontista. Já o periodontista responde pela remoção das placas de tártaro, pela raspagem e alisamento radicular para remover essas placas bacterianas.
Ou seja, ele trata as doenças e lesões que afetam os tecidos que dão sustentação e protegem os dentes. Em casos mais agravados, onde a inflação atinge a gengiva, ele pode retirar o excesso gengival, esculpindo uma nova forma da mucosa no contorno do dente.
Além da placa bacteriana, entre as doenças periodontais mais comuns estão a gengivite a periodontite, causadas geralmente por medicação, drogas e a falta de higiene bucal.
Diferença entre endodontia e ortodontia
Mais conhecido popularmente como tratamento de canal, essa é uma das atribuições da endodontia. Uma área conhecida pela sua complexidade por dentistas e pacientes.
Isso porque, diante de alguns diagnósticos desafiadores, o endodontista deve reunir habilidade, aparelhos e instrumentos certos para as devidas correções.
Tudo sobre rigorosos critérios de higiene e desinfecção. Isso porque o profissional terá acesso mais profundo à cavidade endodôntica, além de tecidos periodontais, que precisam ser tratados e preservados de contaminação.
Além disso, também deve ter cuidado com o posicionamento da estrutura dentária e dos ossos do maxilar.
Como vimos, a endodontia vai muito além do que cuidar de um canal. Por cuidar da saúde bucal é considerada uma das especialidades mais essenciais da Odontologia.
Já a ortodontia centra seus estudos e cuidados no posicionamento da estrutura dentária e dos ossos do maxilar.
Geralmente a maioria dos problemas é corrigida por meio da colocação de aparelhos ortodônticos. Além da estética, as imperfeições ou desalinhamento dos dentes, podem prejudicar a higiene bucal, agravando problemas com a mastigação e até uma periodontite.
O que faz um especialista em endodontia?
Após cursar a faculdade de Odontologia, o dentista pode seguir a carreira como generalista ou optar por uma especialidade como a endodontia.
Nesse caso, terá pela frente mais dois anos de estudos e dedicação para poder tratar de forma eficiente e rápida os problemas envolvendo cáries profundas.
O endodontista é responsável pelo diagnóstico, pela terapia e prevenção de qualquer tipo de problema que atinja a polpa, a raiz e os tecidos em volta do dente doente.
Após análise clínica e por meio de exames de imagem, ele também pode resolver diversos traumas como fraturas e trincas ou qualquer outra lesão que possa comprometer a estrutura dentária.
A intervenção desse profissional contribui para prevenir infecções graves e necroses, que podem levar a perda total do dente.
Com o avanço tecnológico de técnicas, procedimentos e instrumentação, esses tipos de tratamentos hoje em dia são bem mais confortáveis, com menos dor e mais rápidos.
A confiança entre paciente e endodontista é fundamental para o sucesso dos resultados, que busca sempre a preservação do dente como foco central do tratamento.
Problemas que são atacados pela endodontia
Por meio de uma criteriosa análise clínica e de imagens, geralmente radiografias e também conhecendo o histórico do paciente, o endodontista estará apto a escolher o melhor tratamento.
Seja por uma queda, uma pancada ou a perda de um dente, são diversos os fatores que levam ao consultório odontológico. Entre os casos mais comuns podemos destacar as
– Fraturas ou trincas;
– Dentes muito sensíveis, especialmente a alimentos frios e quentes;
– Dor localizada ou que irradia para o maxilar, agravada também pelo quente ou frio;
– Inflamação que pode gerar dores de cabeça e de ouvido;
– Alteração na coloração do dente que também pode indicar infecção;
– Inchaço que pode prejudicar a mastigação;
– Aparecimento de bolhas de pus ou de sangue ao redor do dente doente
– Nervo exposto em decorrência de alguma fratura no dente
Tratamentos aplicados pela endodontia
Apto a abrir o dente e remover nervos e selar a raiz, quando necessário, o endodontista é o profissional capacitado para escolher a melhor terapia. Lembrando que o mais indicado sempre é a prevenção.
Consultas periódicas ao dentista e uma boa higiene da boca são fundamentais para isso. Em caso de tratamento entre os mais indicados estão os procedimentos:
– Curativos – Aqueles que restabelecem a saúde da boca, por meio de cirurgia com a reabilitação ou extração; periodontia que trata problemas da gengiva ou dentística, com a remoção das cáries.
– Estéticos e reabilitadores – Nesta fase o profissional pode tratar o canal, preparando a região para receber um implante, ou próteses.
– Preventivo – Depois da reabilitação oral, o paciente precisa manter as visitas periódicas para limpeza dos dentes, bem como receber orientações de como manter uma higiene bucal correta em casa.
Importância da endodontia para a saúde oral
Em busca de um sorriso harmônico, o paciente, muitas vezes, se esquece de que ele começa a partir de uma boa e constante limpeza diária em casa e periódica no consultório.
É preciso evitar cáries e placas bacterianas que possam agravar a saúde dos dentes.
Isso porque é uma doença multifatorial, que pode encontrar o ambiente perfeito para sua proliferação: quando as bactérias presentes na saliva encontram restos de alimentos. Eles aderem ao dente danificando sua estrutura, podendo até levar ao amolecimento e perda.
Geralmente isso acontece entre os dentes, podendo também ocorrer na parte interna, deixando o dente completamente oco e sensível às fraturas.
A endodontia contribui muito para a saúde oral, principalmente ao evitar as infecções recorrentes, que podem levar as bactérias à corrente sanguínea.
Dentes escurecidos também podem ser clareados. Desta forma o profissional contribui para a estética e a autoestima do paciente. Além disso, por meio da prevenção, a endodontia não só evita que os problemas se agravam como impede a perda do dente.
Como funciona um tratamento de canal?
Indicado nos casos de cárie profunda, o tratamento de canal é realizado na parte interna do dente, quando o endodontista faz a remoção da polpa.
Esse tecido mole pode estar inflamado, infectado ou morto, dependendo do estágio da inflamação. Feito isso, o profissional preenche o vão do dente, mantendo sua funcionalidade e estética.
Parece rápido e fácil, mas um tratamento de canal envolve várias etapas, podendo ser resolvido em uma única sessão ou não.
Dependendo do número, da localização e estrutura dos nervos ou raízes a serem retirados, o profissional poderá realizar o tratamento em etapas, por várias sessões.
Nesse caso o endodontista realiza uma restauração temporária e provisória para proteger o dente em tratamento entre uma visita e outra ao consultório.
No retorno o paciente tem esse material removido, para que o profissional prossiga com o tratamento. Ao final, o dente é restaurado, mantendo sua aparência natural.
Passo a passo do tratamento
Dependendo do caso, é possível tratar e restaurar o dente doente em uma única sessão e sem dor. Isso graças aos avanços das técnicas, dos instrumentos e dos materiais disponíveis na Odontologia. Abaixo vamos detalhar o passo a passo do tratamento.
1 – A anestesia local é feita por meio de injeção na gengiva, aplicadas próximas ao dente comprometido. Pomadas anestésicas podem ajudar a diminuir a dor provocada pela picada da agulha.
2 – O endodontista inicia então a abertura do dente para criar um acesso à polpa.
3 – Remoção dos tecidos infectados ou inflamados. Eles são compostos por nervos, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
4 – Limpeza dos canais e remoção dos resíduos, ou seja, as possíveis fontes de contaminação. Se precisar de outra sessão, o endodontista fecha o dente com uma restauração provisória.
5 – Caso não precise de nova consulta, o profissional sela a raiz, preparando o dente para receber a obturação ou prótese definitiva. Esse selamento é realizado em geral com guta-percha, uma resina vegetal, maleável, biocompatível, que fecha os canais, deixando-os livres de futuras contaminações.
6 – Canais obturados é hora de restaurar os dentes. Entre os materiais possíveis para isso estão a amálgama de prata, a porcelana, ionômeros de vidro, resina e até o ouro.
O procedimento dói?
Apesar dos avanços nos tratamentos endodônticos, em casos casos o procedimento dói sim. Isso vai depender do grau de sensibilidade e de segurança do paciente e também da inflamação.
Dependendo destes fatores, o endodontista pode optar pela sedação tradicional.
Em casos mais agravados é necessário anestesia do tipo intrapulpar, que também pode gerar dor no momento da aplicação. Se o canal não estiver inflamado, muitos pacientes suportam bem o tratamento sem anestesia.
Duração do período de tratamento de canal
O tempo para tratar um canal é relevante e dependerá de vários fatores. Entre eles o grau de complexidade do dente, da técnica que o profissional adotará para tratar o local e até mesmo, da habilidade e instrumental que ele possua em consultório.
O endodontista pode realizar o procedimento em uma única sessão, bem como levar de quatro a cinco horas para concluir o tratamento. Em casos onde o dente esteja muito comprometido ou trincado o tratamento de canal não é indicado.
Ter boa saúde ou se a pessoa tem problemas periodontais influência na terapia. Perfurações da raiz, calcificações ou dificuldades anatômicas da arcada dentária ou dos nervos também influenciam no tempo de tratamento do canal.
Como é a recuperação após o tratamento de canal?
Assim como o andamento da terapia a recuperação após o tratamento de canal pode variar de pessoa para pessoa. No geral costuma ser bem tranquilo e não exige muitos cuidados, como em outros procedimentos como a extração dos sisos.
Normalmente, ao sair do consultório o paciente segue com sua rotina diária. Mas, em alguns casos, os pacientes podem sentir dor entre dois e sete dias, o que pode ser resolvido com medicamentos.
Mas, por se tratar de uma cirurgia é preciso que o paciente repouse; que tenha cautela, evitando, por exemplo, consumir alimentos muito duros; que tome os remédios indicados e mantenha a higiene bucal.
Mas sem dúvida, os especialistas apontam a prevenção como a melhor solução para evitar esse tipo de intervenção.
Para isso, mantenha as consultas periódicas ao dentista; tenha uma alimentação saudável, optando por alimentos ricos em fibras que auxiliam na limpeza dos dentes; evite o tabagismo e escove os dentes sempre após a alimentação, inclusive usando o fio dental.
Valor do tratamento da endodontia
Ao sentir pequenos incômodos nos dentes, muitas pessoas acabam não dando muita importância ao fato, em especial ao pensar no custo de um tratamento odontológico.
Se pensarmos que esse sintoma pode ser sinal de uma grave inflamação e que pode levar a perda do dente doente, o custo pode ficar em segundo plano.
Muitos profissionais atendem por meio de convênios odontológicos de forma integral ou parcial e até parcelam o pagamento.
Por envolver raio-x, anestesia, remoção e preenchimento do dente, o valor depende de cada caso e também da região onde o consultório se localiza.
Em média os custos podem ficar entre R$ 300,00 a R$ 1.500,00, podendo variar de acordo com o número e a localização das raízes.
Como se especializar em endodontia?
Oferecer atendimento personalizado e cada vez mais especializado em áreas distintas é o foco da Odontologia moderna.
Após cinco anos de curso, o dentista poderá fazer estágio ou não, dependendo do número de disciplinas que a faculdade exigir para esse fim. Caso contrário está apto a clinicar.
Mas se o profissional vislumbra atendimento de qualidade, a especialização em endodontia amplia as possibilidades de atuação. Com mais dois anos, em média, está pronto para realizar os procedimentos endodônticos, com segurança e autonomia.
Eles incluem reparo da polpa, tratamento da arcada dentária e até colocação de implantes dentários. Entre as disciplinas da especialização estão:
– As alterações patológicas da boca incluindo a endodôntica;
– Análises da diversidade bacteriana em diferentes tipos de infecção endodôntica pelo método de eletroforese em gel de gradiente desnaturante (DGGE)
– Estudo molecular da microbiota de lesões profundas de cáries;
– Avaliação da microbiota endodôntica em diferentes condições clínicas.
Conclusão
Como vimos, a endodontia é uma das especialidades da Odontologia que contribui para a reabilitação oral. Tem vasto campo de trabalho e demanda para atrair novos profissionais.
As especializações estão se multiplicando pelo país, facilitando o aprimoramento do dentista, para que possa ampliar as possibilidades de atuação e também de tratamento.
A especialidade cuida da parte interna do dente, chamada de polpa, bem como dos tecidos em volta.
Preservar o dente é o foco do endodontista e para isso conta com a tecnologia e avançadas técnicas como importantes aliados.
São tratamentos seguros, rápidos e fáceis de conduzir em consultório. Dor de dente ou no maxilar, inchaço e até a exposição do nervo em decorrência de traumas são alguns dos sintomas que levam o paciente ao consultório.
Adotar ações de prevenção ajuda a evitar problemas de canal. Boa higiene bucal, alimentação saudável e a visita regular ao dentista contribuem para a saúde dos dentes e um sorriso ainda mais harmônico.