Depois de saber sobre a gravidez, talvez um dos momentos mais esperados pelos pais seja a hora de poder ouvir o batimento cardíaco fetal.
Isso somente será possível por volta da quinta semana de gestação, quando o coração começar a bater. Nessa fase, chega a bater até 175 vezes por minuto.
É por meio da frequência cardíaca que o médico também poderá determinar o tempo gestacional do bebê.
Com a evolução da gestação o órgão vai desacelerando e voltará a bater mais rápido, na hora do parto. Os batimentos cardíacos do feto também podem indicar algum tipo de anomalia e, em casos mais graves, até parar.
Isso pode acontecer devido a pequenos desvios ou estreitamentos nas válvulas de saída dos ventrículos cardíacos, chegando a evoluir para hidropsia, um tipo de insuficiência cardíaca com inchaço.
Algumas alterações por parte da mãe, como atividade física, movimentos bruscos ou até dormir, podem influenciar na frequência dos batimentos do feto.
Ao contrário do que se pensava antigamente, o ritmo das batidas do coração do feto não é indicativo para definir o sexo. Para manter a saúde da mãe e do bebê, as visitas ao médico devem ser periódicas, realizadas por meio do pré-natal.
Período também onde a mulher passará por alguns exames, que irão atestar se a gravidez segue normal e se o desenvolvimento do bebê está dentro do esperado.
O que é o batimento cardíaco fetal?
Batimento cardíaco fetal é o momento em que o coração do feto começa a bater e pode ser auscultado por meio de exame pelo médico. Isso normalmente acontece quando a mãe entra na quinta semana de gestação.
Até o início da nona semana, a frequência cardíaca fetal é de 175 batimentos por minuto (bpm).
Depois disso, o órgão desacelera passando para cerca de 110-160 bpm. Nas últimas dez semanas é normal que o coração desacelera novamente. Além dos batimentos, entre a 12ª e 14ª semanas de gravidez já será possível observar a estrutura, as funções e as possíveis anomalias do coração.
É importante ressaltar que medidas como dormir, movimento e até algumas atividades, podem influenciar na variação normal dos batimentos do feto.
A ausculta pode ser feita com estetoscópio de Pinard ou, quando possível, pelo sonar doppler. Também é possível ouvir os batimentos do bebê pelo celular, por meio do aplicativo Bellabeat.
O aparelho foi idealizado por uma equipe de médicos croatas e americanos, neurobiológicos e desenvolvedores e monitora a saúde do bebê e também da mãe.
Disponível para os sistemas operacionais IOS e Android, o app pode monitorar o humor e detectar algum sinal de depressão, aconselhando uma visita ao médico.
Por meio de sua rede social Bellabeat Global, as mães podem compartilhar experiências e conselhos entre si.
É normal o coração do bebê ser acelerado?
Sim, é perfeitamente normal o ritmo acelerado dos batimentos cardíacos do bebê. Isso não representa nenhum tipo de preocupação, pelo contrário. O órgão bate aproximadamente duas vezes mais do que o da mãe, para compensar o fato de que os seus pequenos pulmões só vão começar a oxigenar o sangue após o parto.
Geralmente é possível ouvir os batimentos a partir da quinta ou sexta semanas de vida, por meio de ultrassom. Caso isso não aconteça, médico e paciente podem aguardar por mais 15 dias para repetir os exames.
Nessa fase o órgão bate aproximadamente 100 vezes por minuto (bpm) e pode ser um forte indicador para ajudar a identificar a idade do bebê.
Na primeira semana gestacional o coração vai aumentando os batimentos em cerca de três batidas por minuto, até chegar perto da nona semana, quando atinge uma média de 175 bpm.
Depois disso, o coração começa a desacelerar, passando a bater entre 110 e 160 bpm até a metade da gravidez. Quando a gestação passar da 12ª semana, além do ultrassom e estetoscópio, o médico também pode usar o sonar doppler fetal.
Além da batida do coração, o aparelho também pode verificar o estado de saúde do feto. Com a evolução da indústria da saúde hoje é possível encontrar modelos portáteis que podem ser facilmente usados em casa.
Assim os pais podem acompanhar o desenvolvimento do bebê, com mais tranquilidade. O monitoramento pode ser feito de três a cinco vezes por semana.
O batimento cardíaco fetal pode ser identificado a partir de quantas semanas de gestação?
Geralmente a partir da quinta ou sexta semanas de gestação já é possível identificar o batimento cardíaco fetal.
O uso de ultrassom que gera som é recomendado somente a partir da 10ª semana. Com nove semanas é possível identificar que o coração já está formado e o diafragma separa o tórax do abdome.
Glândulas como hipófise e adrenal já começam a funcionar. Nessa fase o ultrassom também pode identificar os primeiros movimentos do feto.
A partir da 12ª semana já é possível identificar se o órgão é totalmente perfeito ou apresenta algum tipo de anomalia em sua estrutura, função ou batimentos.
Ao longo do acompanhamento da gravidez, mais conhecido como pré-natal, a mãe deve fazer pelo menos três ou quatro de ultrassom. Como cada gestão é diferente de pessoa para pessoa, somente o médico poderá indicar a quantidade certa e necessária do exame a ser feito.
Batimento cardíaco fetal masculino e feminino
Ao contrário dos ditos populares que diziam ser possível identificar o sexo do bebê a partir da sua frequência cardíaca, não existe comprovação científica para isso.
Antigamente os antigos diziam que se o coração batesse mais que 140 vezes por minuto seria menina. Se a frequência for inferior a isso, menino.
Na verdade, durante as 12 primeiras semanas não há grandes diferenças em relação ao sexo. O feto vai se desenvolver normalmente a partir de uma única célula fecundada, que vai se multiplicar, dando origem a tecidos, órgãos e sistemas.
O volume de batimentos do coração são praticamente iguais no sexo feminino e masculino.
Para verificar se há diferenças nesse sentido, médicos do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Wright State University, em Ohio (EUA), acompanharam 966 mulheres grávidas ao longo dos três primeiros meses de gestação.
Ao fim da pesquisa a equipe identificou que o batimento cardíaco fetal era praticamente o mesmo nos fetos de ambos os sexos.
Outra pesquisa publicada pelo The British Journal of Obstetrics and Gynecology, confirmou os dados do trabalho anterior. No entanto, identificaram que os batimentos de bebês do sexo feminino eram mais rápidos durante o parto, do que o dos meninos.
É possível saber o sexo do bebê pelo batimento cardíaco fetal?
Apesar de algumas pesquisas tentarem identificar a possibilidade de saber o sexo do bebê a partir do batimento cardíaco fetal, os resultados são inconclusivos. Não apresentaram relação com o fato, pois os batimentos de ambos os sexos é praticamente o mesmo.
Porém, alguns trabalhos médicos apontaram que alguns dias que antecedem o parto, o coração das meninas fica mais acelerado do que o dos meninos.
Graças aos avanços tecnológicos da indústria médica, é possível identificar o gênero sexual do feto a partir da oitava semana de gestação. Entre os métodos mais comuns estão a ultrassonografia e a sexagem.
– O ultrassom é um exame não invasivo, simples, de baixo custo e sem riscos para a mãe. Além do sexo o aparelho verifica o crescimento, o funcionamento e posição da placenta, os movimentos e até possíveis problemas de saúde;
– Realizado por meio da análise do sangue materno, a sexagem também analisa o DNA do feto. O exame feito normalmente para identificar o sexo, por meio da contagem de cromossomos. As mulheres dois cromossomos X e os homens, um Y e outro X. Portanto, se o exame apresentar cromossomo Y indica que o bebê será um menino e, se não for encontrado, o resultado será uma menina;
– A amniocentese é um exame para analisar o líquido amniótico do bebê. No método invasivo, uma agulha é introduzida na barriga da mãe e vai até o útero. Além do sexo o exame também rastreia doenças genéticas do feto.
Como saber se o coração do feto está normal?
Normalmente a partir da 12ª semana de gestação é possível saber se o coração do feto está normal ou não. Nessa fase, além do batimento cardíaco fetal, é possível identificar suas características, possíveis anomalias na estrutura e suas funções.
Entre os problemas mais comuns estão a hipóxia fetal e a taquicardia supraventricular, que pode acontecer por algum tipo de alteração na mãe, como febre, ingestão de atropina, escopolamina ou isoxsuprina ou até infecção por citomegalovírus.
Batimento acelerado é normal e significa que o bebê precisa de mais nutrientes e oxigênio para se desenvolver.
Porém se chegar próximo dos 180 bpm é sinal de perigo, podendo representar risco de morte. Geralmente as arritmias fetais são benignas e passageiras, mas em alguns casos podem pôr em risco a vida do feto, induzindo a uma insuficiência cardíaca e até morte.
A parada cardíaca também pode ocorrer devido a pequenos desvios ou estreitamento em válvulas dos ventrículos cardíacos. Se não identificado a tempo, pode levar a uma insuficiência cardíaca (hidropsia) com inchaço e óbito.
O que pode ser considerado batimento cardíaco fetal baixo?
O batimento cardíaco fetal varia ao longo da gestação. É considerado normal batimentos de até 100 bpms até a quinta semana de gravidez. A partir daí vai aumentando gradativamente chegando, em média, a 175 bpms na nona semana gestacional.
A partir daí o coração começa a desacelerar, voltando a bater mais rápido novamente próximo do parto. É importante lembrar que essa frequência cardíaca pode alterar diante de algum fator externo da mãe, como dormir ou alguma atividade física. Qualquer alteração deve ser informada ao médico.
Ele deve ficar atento, pois se os batimentos do coração do bebê estiverem abaixo de 110 bpms, indica uma bradicardia fetal. Entre as principais causas estão a compressão de cordão umbilical ou da cabeça , hipotensão e convulsão materna; bloqueio anestésico paracervical, quando a mãe ingere propranolol ou reserpina.
O diagnóstico também pode ser um possível bloqueio atrioventricular (BAV). Lembrando que virose, doenças cardíacas, como arritmia, cardiopatia dilatada; hipotireoidismo; doença de Lyme; febre tifóide; temperatura inferior a 35ºC); hipercalemia ou uso de drogas também podem alterar os batimentos do coração do bebê.
Importância do exame de cardiotocografia e o que ele pode mostrar?
O exame de cardiotocografia (CTG) é importante para determinar se a gravidez está seguindo de forma normal ou não, em especial nas últimas semanas. É por meio dele que o médico identifica se a atividade cardíaca e a oxigenação do cérebro do bebê estão normais. Também é possível ver seus movimentos e as contrações uterinas.
Ele também pode identificar alguns problemas na placenta, mudança na posição ou se o cordão umbilical pode estar enrolado no pescoço do bebê. Realizado por meio de um aparelho, o cardiotocógrafo, o procedimento não invasivo é rápido, indolor e realizado geralmente no final da gravidez.
Por meio de dois cintos com sensores, colocados na barriga da mãe, o aparelho usa estímulos sonoros com frequência de 500 a 1000 Hz, para identificar as reações do bebê. O exame também é muito útil, por exemplo, para avaliar as condições de saúde do bebê na hora do parto e se está entrando em sofrimento.
Também é indicado quando a bolsa se rompe antes da 37ª semana de gravidez ou quando passa da 40ª, em casos de gestação de risco ou suspeita de infecção do bebê dentro do saco gestacional.
O que é o sofrimento fetal e como o exame pode ajudar a identificá-lo?
Esta é uma fase que indica que o bebê está com algum tipo de problema, como não receber as quantidades suficientes de oxigênio e nutrientes. Isso pode interferir diretamente no seu desenvolvimento normal e ocorrer durante a gestação.
O sofrimento fetal pode ser facilmente identificado pelo médico por meio de ultrassom. Ele avaliará o padrão do batimento cardíaco fetal, que pode ser alto ou baixo e também se houve redução da quantidade de líquido amniótico.
Batimento cardíaco fetal acima de 160 bpm podem indicar taquicardia fetal. Se estiver abaixo de 110 bpm pode ser bradicardia.
Identificado o problema o médico deve tratá-lo para que o bebê não tenha nenhum problema, como paralisia e doenças cardíacas.
Os principais sinais de sofrimento fetal são a diminuição dos movimentos do feto, sangramento vaginal, presença de mecônio na bolsa, que altera a cor do líquido amniótico, deixando-o marrom ou esverdeado e fortes cãibras abdominais.
Entre as principais causas estão descolamento da placenta, compressão do cordão umbilical, infecção do bebê, diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia. Alterações no útero também podem levar ao sofrimento fetal e até aborto.
Por isso, o acompanhamento médico durante o pré-natal é fundamental para a saúde da mãe e do filho.
Na presença de algum dos sintomas a mãe deve ir imediatamente ao médico ou hospital, podendo ficar internada para ser medicada. Nos casos mais agravados será necessário antecipar o parto.
Tabela de batimentos cardíacos do feto
Os batimentos cardíacos do feto se alteram no decorrer da gestação. Para identificar a média dessa frequência, os médicos criaram uma tabela da idade gestacional de acordo com o tamanho do feto e tempo de gravidez.
Se o coração bater entre 120 e 160 vezes por minuto é considerado normal.
Tabela de referência da frequência cardíaca do feto
Idade / tamanho frequência cardíaca normal
8 Semanas | inicia com 149 e termina com 172 bpm |
9 Semanas | 155-195 bpm (média 175 bpm) |
12 Semanas | 120-180 bpm (média 150 bpm) |
Após 12 Semanas | 110-160 bpm (média 140 bpm) |
Como prevenir uma gestação de alto risco?
Além de visitar o obstetra regularmente, a mãe pode prevenir uma gestação de alto risco tomando algumas medidas como manter uma alimentação saudável e equilibrada, não ingerir bebidas alcoólicas, não fumar, descansar, manter o controle do peso.
A qualquer sinal de parto prematuro, corrimento gelatinoso, vestígios de sangue, a mãe deve procurar o médico ou emergência imediatamente.
De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 milhões de bebês nascem prematuros no mundo, com baixo peso ou ficam doentes e necessitam de cuidados especiais. Em 2019 a OMS apontou a prematuridade – quando o bebê nasce antes da 37ª semana de gestação -, como a principal causa de mortalidade infantil no mundo.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ministério da Saúde, apontam que, no Brasil, 11,7% de todos os partos ocorrem antes do tempo. Em 2019, foram cerca de 300 mil casos.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, aponta que o Brasil ocupa a 10ª posição entre os países que contabilizam mais casos de nascimento prematuros.
Para alertar mães, médicos e sociedade para o problema foi instituído o Novembro Roxo, como mês internacional de sensibilização para a prematuridade. Ao longo do mês são realizadas diversas atividades e eventos ligados ao tema e o dia 17 ficou marcado como o Dia Mundial da Prematuridade.
Conclusão
Como vimos acima, a frequência dos batimentos cardíacos é essencial não somente para que o médico e a mãe se certifiquem da saúde do feto, mas também para o seu desenvolvimento e identificação de possíveis anomalias. Problemas que podem levar ao sofrimento fetal, aborto e até morte.
Os batimentos podem ser auscultados a partir da quinta semana de gravidez e até a nova semana a frequência média fica em 175 batimentos por minuto (bpm). A partir daí o coração começa a desacelerar passando a bater entre 110 e 160 bpm. O pré-natal é de extrema importância para a mãe.
É por meio das consultas médicas regulares, geralmente realizadas por obstetras, que o médico irá acompanhar o desenvolvimento do bebê.
É por meio do batimento do coração que o médico identifica, por exemplo, se o feto está sofrendo. Se a frequência cardíaca estiver abaixo de 160 bpm, pode indicar taquicardia fetal. Já se cair para menos de 110 bpm, pode ser uma bradicardia fetal.
Além da avaliação clínica, outros exames se fazem necessários ao longo da gravidez tipagem sanguínea e fator Rh; teste de Coombs indireto nas pacientes Rh negativo; hemograma; urina tipo I; urocultura e antibiograma; glicemia; parasitológico de fezes; papanicolau; ultrassom e até cardiotocografia.
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