O plantão médico é uma parte importante da carreira de diversos profissionais, seja para quem está começando agora ou para os veteranos da área.
Esse tipo de trabalho traz vantagens como flexibilidade e uma remuneração atrativa, sendo uma modalidade de trabalho muito popular entre médicos que buscam aumentar sua renda
Alguns médicos optam por posições fixas de plantonista, que envolvem um horário de trabalho mais longo, mas garantem mais tempo livre. Outros realizam plantões avulso, sendo remunerados por hora.
Em todo caso, se o plantão médico for uma área do seu interesse, prossiga com a leitura deste artigo.
A seguir, explicaremos como funciona o plantão, quais são os potenciais de ganhos e navegaremos pelas regras que garantem um trabalho de excelência nesse modelo.
O que é e como funciona um plantão médico?
O plantão médico é uma modalidade de trabalho onde profissionais de saúde ficam à disposição para atender a qualquer demanda por um período prolongado, sem interrupções.
Esse tipo de regime garante o funcionamento contínuo de hospitais, clínicas, UTIs e outros serviços de saúde, especialmente à noite, aos fins de semana e feriados.”
A duração de um plantão médico varia de acordo com as regras da instituição, mas geralmente não ultrapassa 24 horas seguidas.
Um formato comum é o 12×36, onde o médico trabalha 12 horas, descansa 36 e volta para mais 12 horas. Também existe o plantão de 24 horas, seguido por dois dias de folga.
O médico plantonista pode trabalhar como funcionário CLT ou como prestador de serviço, através de pessoa jurídica (PJ) em diferentes locais.
Quando pensamos em plantão, logo lembramos de prontos-socorros, mas as oportunidades vão além disso. Os médicos plantonistas atuam em diversos cenários, como:
- Unidades de Terapia Intensiva (UTI), cuidando de pacientes em estado crítico;
- Ambulâncias, prestando os primeiros socorros em emergências como infartos e AVCs;
- Shows, grandes eventos esportivos ou corporativos, oferecendo suporte em possíveis urgências.
Portanto, o plantão médico não se limita a hospitais e clínicas, abrindo portas em diversas situações e locais.
Resolução da CFM sobre plantão médico
A Resolução CFM nº 2.056/2013, no artigo 26, inciso IV, fala sobre o plantão médico presencial, dizendo que ele deve ser “permanente durante todo o período de funcionamento do serviço”.
Essa resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) aborda diferentes aspectos do plantão médico, como carga horária, faltas, disponibilidade em sobreaviso e outras questões.
Ela também diz que o médico só pode faltar a plantões de urgência e emergência em caso de algum impedimento justificável.
A disponibilidade em sobreaviso significa que o médico não precisa estar presente na instituição de saúde, mas deve ficar acessível por meio de comunicação e estar preparado para ser chamado se necessário, dentro de uma jornada previamente definida.
Adicionalmente, os médicos plantonistas têm direito a momentos de descanso, que devem ser respeitados quando não houver urgências.
A instituição de saúde deve garantir um ambiente adequado para que os profissionais possam descansar, além de assegurar que haja uma equipe suficiente para que esses descansos sejam viáveis.
A respeito da remuneração do médico, esta deve ser justa e compatível, sem afetar os honorários pelos procedimentos realizados.
Tudo relacionado à remuneração deve ser acordado antecipadamente entre o médico e a instituição.
Quais são as responsabilidades em um plantão médico?
O médico plantonista pode atuar em escalas de plantão regulares, ou realizar plantões avulsos, atendendo de maneira esporádica.
É bom lembrar que existem vários locais que procuram médicos plantonistas, com uma carga de trabalho bastante intensa.
Dependendo do local, como em ambulâncias, o trabalho também é bastante exigente, pois os casos de urgência e emergência se acumulam.
As responsabilidades do plantonista variam conforme o tipo de Plantão e o local de trabalho, mas uma coisa é certa: atenção constante é sempre necessária.
Em eventos, por exemplo, o médico geralmente lida com urgências menos graves, como desmaios e dores súbitas, enquanto as emergências são menos comuns.
Já em plantões na UTI ou no atendimento pré-hospitalar (APH), as emergências são mais frequentes e exigem intervenção rápida.
De acordo com a Resolução CFM 2.271/2020, as funções de um médico plantonista incluem:
- Conhecer a situação de todos os pacientes sob seus cuidados na UTI e eventuais intercorrências durante o plantão;
- Fazer a evolução clínica dos pacientes internos;
- Atender intercorrências que ocorrem durante seu turno;
- Prescrever medicamentos e tratamentos diariamente para os pacientes da unidade;
- Coordenar uma equipe multidisciplinar de plantão, de acordo com as necessidades dos pacientes e as orientações do médico diarista;
- Participar das visitas médicas e multidisciplinares, acompanhando o diarista e/ou coordenador da equipe nas discussões e decisões;
- Fazer a passagem do plantão de forma presencial e, idealmente, deixar tudo documentado;
- Garantir que as decisões tomadas nas visitas multiprofissionais sejam seguidas, e apenas modificar o planejamento terapêutico após a comunicação prévia, a menos que haja necessidade urgente;
- Preencher o prontuário do paciente, registrando todos os procedimentos e decisões;
- Durante a visita diária, entrar em contato com os familiares dos pacientes
- Preparar relatórios de alta e transferência de pacientes que saem da UTI, além de comunicar o médico assistente e/ou outras clínicas.
Especialidades no plantão médico
Diferentes especialidades estão sempre de prontidão para garantir que qualquer paciente seja atendido, independentemente da gravidade ou complexidade do caso.
Imagine que alguém chega ao plantão com dor intensa no peito. Um cardiologista já está preparado para realizar exames imediatos e iniciar o tratamento necessário.
Se o problema é uma fratura, o ortopedista estará disponível para realizar o diagnóstico e imobilizar a área afetada, aliviando o desconforto.
Além dessas especialidades, outras também compõem o quadro do plantão médico, como a pediatria, que garante que as crianças sejam atendidas prontamente.
Caso o paciente apresente sintomas neurológicos, um neurologista será acionado para investigar as possíveis causas e propor uma intervenção imediata.
No entanto, o profissional médico que mais tende a realizar plantões é o clínico geral, que são os primeiros a avaliar a maioria dos casos e encaminhar os pacientes para outras especialidades.
Quais habilidades são essenciais em um plantão médico?
Trabalhar em plantão é, sem dúvida, um dos maiores desafios para qualquer médico. Primeiro, é preciso lidar com pacientes em situações críticas, onde cada segundo conta para salvar vidas.
Além disso, muitos médicos enfrentam jornadas exaustivas, principalmente durante a noite e madrugada.
No Brasil, a situação é ainda mais complicada, já que a deficiência no atendimento básico de saúde resulta em emergências lotadas com casos que poderiam ter sido resolvidos antes.
Outro grande obstáculo no sistema de saúde brasileiro é a falta de recursos, o que impacta diretamente a infraestrutura e a quantidade de profissionais em unidades do SUS e UPAs, dificultando um atendimento eficiente para todos.
No entanto, existem algumas habilidades que todo médico deve desenvolver para atuar bem nesse ambiente. Veja algumas:
- Agilidade e tranquilidade: Para trabalhar em emergência, é essencial ter a capacidade de tomar decisões rápidas. O profissional precisa manter a calma, pensar de forma clara, evitando se deixar levar pelo estresse do momento.
- Comunicação eficaz com o paciente: Um diálogo eficiente garante que o médico obtenha as informações necessárias para um diagnóstico e tratamento corretos. Muitas vezes, em situações de emergência, a conversa acontece mais com os familiares do que com o próprio paciente, tornando essa habilidade ainda mais importante.
- Trabalho em equipe: Cada profissional tem uma função específica e precisa desempenhá-la da melhor forma. A organização do time e das tarefas deve ser feita previamente, garantindo que, na hora da ação, todos saibam exatamente o que fazer e executem suas responsabilidades com agilidade.
- Lidar com as limitações: Em algumas unidades de pronto atendimento, a falta de equipamentos pode exigir que o paciente seja transferido para outro local. No entanto, se a transferência não é possível de imediato, o médico precisa agir dentro de suas limitações, garantindo que o paciente permaneça estável.
Quanto tempo pode durar um plantão médico?
Em muitos hospitais, plantões costumam ser de 12 horas, mas em alguns casos, plantões de 24 horas também são comuns.
Médicos em emergências, UTI e outras áreas críticas enfrentam jornadas mais longas devido à natureza imprevisível dos casos.
Além da duração padrão, médicos ainda podem ser chamados para estender o plantão, especialmente em situações de crise, alta demanda ou falta de profissionais.
Há hospitais que optam por escalas de 6 ou 8 horas, principalmente em setores que exigem maior intensidade de trabalho, como pediatria e anestesiologia.
Quanto um médico ganha em um plantão?
O valor que um médico recebe por plantão pode variar bastante, dependendo da duração, do tipo de hospital e da especialidade médica.
De acordo com a Federação Nacional dos Médicos, o piso salarial é de R$ 17.742,78 para jornadas de 20 horas semanais.
O pagamento médio para um plantão de 12 horas gira em torno de R$1.207,00, mas essa faixa pode ir de R$500,00 a R$1.900,00. Em São Paulo, o valor tende a ser maior, entre R$2.000 e R$2.500.
Já para plantões de 24 horas, a média de pagamento varia entre R$1.020 em hospitais particulares e R$1.300 em hospitais públicos.
Algumas especialidades, como pediatria, costumam oferecer uma remuneração superior à média de outras áreas.
Em alguns locais, como hospitais e policlínicas, os médicos recebem bônus com base na quantidade de pacientes atendidos, aumentando o valor final do plantão.
Para ter acesso a plantões mais vantajosos, muitos médicos optam por abrir um CNPJ e emitir notas fiscais, o que facilita o trabalho em diferentes instituições e pode gerar melhores condições financeiras.
Quais são os desafios comuns em um plantão médico?
Em um plantão médico, os desafios surgem de todos os lados e exigem respostas rápidas. O mais evidente é a pressão constante. Erros não são uma opção, e isso coloca os profissionais em um estado de alerta contínuo.
Outro desafio comum é o desgaste físico e mental. Turnos longos, que muitas vezes se estendem por 12, 24 horas ou mais, levam o corpo ao limite.
A exaustão afeta tanto o raciocínio quanto a agilidade, o que faz com que cada minuto de descanso se torne essencial para manter a clareza.
A imprevisibilidade também é um fator negativo. Casos inesperados, desde traumas graves até complicações em pacientes crônicos, surgem sem aviso.
A equipe médica precisa estar preparada para qualquer eventualidade, mantendo a calma e a eficiência mesmo nas situações mais complexas.
Emergências superlotadas criam uma pressão extra, exigindo que os profissionais equilibrem qualidade de atendimento com velocidade. Priorizar casos urgentes sem negligenciar outros pacientes é um dos grandes desafios.
Perguntas frequentes sobre plantão médico
Para saber mais a respeito de como funciona o plantão médico, confira as perguntas mais frequentes e suas respectivas respostas abaixo:
1. É permitido que o médico durma durante o plantão?
A função do médico durante um plantão é estar disponível para atender qualquer situação emergencial ou atender pacientes que necessitem de cuidados.
Em plantões de longa duração, como os de 24 horas, o médico tem a permissão de descansar, desde que não comprometa o atendimento imediato.
O descanso costuma ocorrer em momentos de menor demanda, em um ambiente próprio dentro do hospital. No entanto, o profissional deve estar sempre pronto para ser chamado a qualquer momento.
É comum que hospitais e clínicas possuam uma área de repouso específica para os médicos, justamente para garantir que eles se mantenham em boas condições físicas e mentais para o atendimento.
2. O abandono de um plantão médico é considerado crime?
Sim, o abandono de plantão médico é uma infração grave e, dependendo da situação, pode ser configurado como crime.
Isso porque o médico, ao aceitar um plantão, assume a responsabilidade de prestar atendimento aos pacientes sob seus cuidados durante aquele período.
Se o profissional abandona o plantão sem justificativa, ele pode ser acusado de negligência, o que é previsto tanto no Código de Ética Médica quanto no Código Penal.
No contexto legal, o abandono de plantão pode se enquadrar em crime de omissão de socorro, especialmente se o ato resultar em danos à saúde dos pacientes.
Também pode acarretar na abertura de um processo administrativo pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), culminando na suspensão do direito de exercer a medicina ou na cassação do registro profissional.
Portanto, o médico que abandona um plantão sem aviso ou justificativa válida está colocando em risco a saúde dos pacientes e sua própria carreira.
3. Como organizar uma escala para plantões médicos?
O primeiro passo é conhecer a demanda de atendimento do hospital ou clínica. Isso permite distribuir os médicos de acordo com os períodos de maior movimento, evitando que haja falta de profissionais em momentos críticos.
Uma boa escala de plantão deve considerar a carga horária de cada médico, respeitando o limite de horas seguidas de trabalho e oferecendo intervalos para descanso entre os plantões.
O ideal é alternar entre plantões diurnos e noturnos, para que os médicos não fiquem sobrecarregados em um único turno.
Outro ponto importante é a transparência na comunicação. Os médicos devem ser informados da escala com antecedência, permitindo que se organizem pessoalmente e possam trocar plantões, se necessário, sem prejudicar o atendimento.
Ferramentas digitais ajudam na organização da escala, facilitando a distribuição dos horários e a comunicação entre os profissionais.
4. O que significa um plantão médico de sobreaviso?
O plantão de sobreaviso é uma modalidade onde o médico não precisa estar fisicamente presente no hospital ou clínica, mas deve permanecer disponível para ser acionado caso necessário.
Nesse tipo de plantão, o profissional precisa estar de prontidão, ou seja, em um local acessível, com meios de comunicação ativos, como celular, para responder rapidamente a um chamado.
Esse tipo de plantão é comum em especialidades onde a demanda por atendimento emergencial é menos frequente, mas ainda pode ocorrer.
Por exemplo, médicos cirurgiões, anestesistas ou especialistas em determinadas áreas, que são acionados apenas quando há necessidade específica.
Durante o período de sobreaviso, o médico organiza sua rotina pessoal, mas mantém-se em uma distância razoável do local de trabalho para garantir uma resposta rápida quando solicitado.
A remuneração para plantões de sobreaviso geralmente segue uma lógica diferente do plantão presencial.
Normalmente, há um pagamento fixo para o período em que o médico está de sobreaviso e um valor adicional caso ele seja chamado para atendimento efetivo.
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Conclusão
Ter um plantão médico bem estruturado faz toda a diferença na qualidade do atendimento e na saúde de todos os envolvidos.
Garantir que o time esteja preparado para lidar com imprevistos, agir rapidamente e manter o foco nos cuidados são ações que todo bom médico plantonista deve executar.
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