Você sabe como funciona uma cooperativa de saúde? De acordo com a Organização de Cooperativas do Brasil, as cooperativas de saúde no Brasil já são mais de 700 e contam com um número de cooperados superior a 300 mil.
Por isso, se você nunca pensou em ser um cooperado ou trabalhar em uma cooperativa de saúde, pode ser que você esteja “comendo mosca” e não se atentou a uma importante fatia do mercado de saúde brasileiro.
O cooperativismo é um conceito que tomou forma no Brasil nas últimas décadas em vários setores. Hoje há supermercados, instituições financeiras e empresas de outros ramos que atuam como cooperativas – mas e as cooperativas de saúde?
Estas empresas, que estão focadas em ter um modelo colaborativo e inovador, trazem mudanças relevantes na forma de atuar na área da saúde.
Mas, afinal, o que torna as cooperativas de saúde tão especiais?
Talvez o fato de que as cooperativas de saúde são formadas tendo como princípio a união de profissionais que buscam o lucro e o bem-estar comum, além de oportunidades em conjunto que não conseguiriam obter agindo sozinhos.
Por se tratar de um setor caro e que demanda altos investimentos, muitas vezes atuar em cooperativas torna-se uma das opções que médicos empreendedores têm para colocar as suas ideias em prática.
Com isso, além da vantagem competitiva, os profissionais e os clientes ganham inúmeras vantagens, que vão desde o maior controle sobre suas práticas e ganhos (por parte dos profissionais), enquanto os clientes podem aproveitar de serviços mais personalizados e acessíveis.
Neste artigo, exploraremos em detalhes o que constitui uma cooperativa de saúde, seu funcionamento, os benefícios proporcionados aos profissionais e ao mercado e alguns exemplos de cooperativas de sucesso no Brasil.
Por isso, se você busca alternativas para sua carreira ou quer entender melhor como funcionam as cooperativas de saúde, continue lendo! Aqui, você irá descobrir como elas podem ser o caminho para um futuro mais colaborativo e eficiente em saúde.
O que é uma cooperativa de saúde?
Uma cooperativa de saúde é uma organização formada por profissionais do setor de saúde, como médicos, enfermeiros e terapeutas, que se unem para oferecer determinados tipos de serviços.
Diferentemente de outros tipos de empresas, sejam privadas ou públicas, as cooperativas são geridas por seus próprios membros, numa espécie de quadro associativo.
Com isso, ao invés de haver as figuras de dono e funcionários, existem os cooperados, que podem atuar no processo diretivo ou não da empresa, de acordo com suas necessidades e processos próprios da cooperativa.
Na maior parte dos casos, os membros da cooperativa têm poder de decisão com relação ao futuro da empresa, seja por meio de eleições para escolher os seus representantes ou por assembleias para determinados assuntos.
Dessa forma, o modelo permite aos profissionais de saúde estarem mais próximos da gestão do negócio, o que pode ser visto como uma vantagem para quem trabalha nela.
Atualmente, há diferentes tipos de cooperativas de saúde, que incluem desde as pequenas associações de médicos até estabelecimentos completos, com profissionais de diferentes especialidades, capazes de prestar uma grande variedade de serviços.
Entre as vantagens de fazer parte de uma cooperativa de saúde, estão a capacidade de colaborar com outros profissionais de forma a reduzir custos, aumentar a eficiência e ganhar competitividade enquanto estabelecimento de saúde.
Algumas cooperativas também podem fornecer benefícios adicionais, além de trazerem um sistema de gestão descentralizado, que pode tornar alguns processos mais democráticos.
Qual é a finalidade de uma Cooperativa de Saúde?
Em geral, uma cooperativa de saúde visa proporcionar uma estrutura alternativa para a prestação de serviços de saúde, onde os profissionais têm maior controle e os pacientes recebem atendimento de qualidade e acessível.
Esta abordagem contrasta com os modelos tradicionais de estabelecimentos de saúde, cujo direcionamento e tomada de decisão são normalmente orientados apenas por metas financeiras e estruturas hierárquicas.
No caso das cooperativas de saúde, a governança é compartilhada entre os membros, fazendo com que as decisões sejam tomadas de forma mais descentralizada e democrática. Além disso, levam em consideração não apenas os aspectos financeiros, mas também as necessidades dos profissionais e pacientes.
Com isso, pode-se esperar gestão que reflete as prioridades da comunidade de saúde, ao invés de levar em conta apenas os interesses corporativos, por exemplo.
Quais são os principais desafios enfrentados pelas cooperativas de saúde?
As cooperativas de saúde enfrentam diversos desafios significativos em sua operação e gestão, que podem ser categorizados nos seguintes tópicos:
Gestão democrática e tomada de decisão
A gestão democrática é um pilar central das cooperativas de saúde, mas pode ser um desafio significativo se não for feita de forma organizada e adequada às necessidades da cooperativa.
Isso se deve na maior parte das vezes à dificuldade de se chegar a consensos se a cooperativa é formada por muitos membros com diferentes perspectivas e interesses.
Se isso acontece, o processo de tomada de decisão pode se tornar algo complexo e demorado, exigindo habilidades avançadas de comunicação e negociação, além de processos bem estruturados que permita facilitar os debates e as votações.
Restrições financeiras e de sustentabilidade
Outro ponto relevante sobre os desafios enfrentados pelas cooperativas de saúde é a limitação de recursos disponíveis.
Este é um ponto desafiador principalmente quando as cooperativas estão em seu início e ainda precisam construir sua credibilidade perante seus membros e parceiros comerciais.
Para lidar com isso, é necessário que os gestores da cooperativa conheçam e implementem bons conceitos e práticas de gestão financeira.
Isto é, buscar o equilíbrio entre a necessidade de reinvestir lucros para melhorar os serviços com a manutenção de preços acessíveis para os membros e pacientes.
Além disso, controlar o fluxo de caixa e a gestão dos recursos e custos com relação à folha de pagamentos e evitar o desperdício são práticas fundamentais para que o negócio da cooperativa torne-se viável e sustentável a longo prazo.
Por fim, também é relevante que os gestores façam a captação de recursos e aquisição de parceiros comerciais (fornecedores, planos de saúde, entre outros). Isso permite ao estabelecimento aumentar tanto as fontes de receita quanto diminuir a dependência de algum parceiro específico.
Tendo isso, a tendência é que a cooperativa de saúde seja capaz de gerenciar de forma eficiente o seu capital, dando viabilidade e sustentabilidade a longo prazo à cooperativa.
Competitividade e inovação
Outro importante desafio com relação ao crescimento e manutenção da sustentabilidade das cooperativas de saúde é a competitividade do setor.
A depender da forma de trabalho e serviços prestados pela cooperativa de saúde, é provável que a empresa esteja imersa numa área cheia de grandes players, acostumados a trabalharem com margens apertadas e derrubar concorrentes sem muito problema.
Por isso, o ideal é que desde o início a cooperativa saiba determinar bem qual é o seu diferencial competitivo, de forma a alinhar suas expectativas frente ao mercado.
Isto é, determinar se irá se destacar por um serviço barato, por um atendimento de qualidade premium ou por inovações na prestação dos serviços aos pacientes, como o embarque de tecnologias em determinadas rotinas.
Qualquer que seja a escolha, deve estar associada a um bom nível de eficiência operacional, que englobe a minimização de custos e redução dos desperdícios.
Além disso, estar sempre atento às mudanças do mercado é fundamental para sair na frente na hora de começar algum novo serviço.
Conformidade legal e regulamentações
Claro: ao abrir um estabelecimento de saúde, seja no formato de cooperativa ou não, os responsáveis devem ter ciência de que o ambiente regulatório do setor é um grande desafio.
As instituições devem estar em conformidade com uma variedade de leis e normas de órgãos como prefeituras/governos do estado em que têm sede, além do Ministério da Saúde e Anvisa.
Nesse sentido, ter um conhecimento profundado das regulamentações locais e federais, além de processos robustos para garantir sua conformidade, é essencial.
Retenção e desenvolvimento de talentos
Um dos grandes gargalos para os estabelecimentos da área da saúde é com relação aos recursos humanos. Afinal, atrair e reter profissionais de saúde qualificados é parte fundamental para o sucesso de qualquer empresa do ramo.
Para isso, não basta apenas pagar bons salários e oferecer programas de benefícios. Nesse aspecto, o mercado de trabalho está cada vez mais sofisticado e boas vagas demandam outras vantagens como:
- Condições de trabalho competitivas;
- Oportunidades de desenvolvimento profissional;
- Plano de carreira com perspectivas de crescimento;
- Ambiente de trabalho que promova a satisfação e o engajamento dos profissionais.
Com isso, a tendência é que haja um nível melhor de manutenção dos profissionais que trabalham na clínica ou consultório, além de mais competitividade na captação de talentos.
Quais são os profissionais aptos a criar uma cooperativa de saúde?
Como o próprio nome sugere, uma cooperativa de saúde é formada pela união de diversos profissionais da área da saúde. A formação do quadro associativo ou de funcionários normalmente não se limitam a uma única profissão ou especialidade, embora haja casos assim.
Ao optar por um modelo inclusivo e multidisciplinar, permite-se que profissionais de diferentes áreas possam se juntar para oferecer serviços integrados e de qualidade.
Abaixo, citamos quais são os principais profissionais que se associam a uma cooperativa na área da saúde:
- Clínicos Gerais;
- Médicos Especialistas;
- Dentistas;
- Enfermeiros;
- Nutricionistas;
- Fisioterapeutas;
- Psicólogos;
- Entre outros.
O que é necessário para abrir uma cooperativa de saúde?
Para abrir uma cooperativa de saúde, existem etapas específicas e requisitos legais que devem ser cumpridos. Um dos passos fundamentais é a definição dos objetivos da cooperativa, que são elencados no estatuto base.
Este estatuto funciona como um contrato entre os profissionais da saúde que compõem a cooperativa e aborda questões como direitos e deveres dos associados, condições de admissão, área de ação, prazo, sede, e capital mínimo necessário.
Além disso, é necessário preparar e enviar diversos documentos para órgãos competentes.
Para a Junta Comercial do Estado, são exigidas quatro vias da ata da Assembleia Geral de Constituição e do Estatuto, documentos pessoais do presidente, e comprovantes de sede e residência do presidente.
É importante que um advogado valide a última página de cada via do estatuto e da ata.
Para a Receita Federal, deve-se enviar a ficha cadastral para o requerimento do CNPJ, a lista dos associados, e cópias de RG, CPF, e comprovante de residência dos diretores da cooperativa.
Antes de iniciar este processo, é essencial realizar uma reunião com todos os interessados para verificar a viabilidade econômica da cooperativa. Esta etapa é importante para assegurar que a cooperativa possa ser mantida de forma sustentável a longo prazo.
Atos e documentos necessários à abertura de uma cooperativa de saúde
Definição dos Objetivos e Elaboração do Estatuto: Comece definindo os objetivos e a área de atuação da cooperativa. Elabore um estatuto que detalhe os direitos e deveres dos associados, condições de admissão, sede, prazo de atuação, e o capital mínimo necessário.
Assembleia Geral de Constituição: Realize uma assembleia com os cooperados fundadores para discutir e aprovar o estatuto.
Documentação Necessária:
- Quatro vias da ata da Assembleia Geral de Constituição e do Estatuto;
- RG e CPF do presidente da cooperativa;
- Comprovante de sede e residência do presidente;
- Visto de um advogado nas últimas páginas de cada via do estatuto e da ata.
Cadastro na Receita Federal:
- Ficha cadastral para requerimento do CNPJ.
- Lista dos associados.
- Cópias de RG, CPF, e comprovante de residência dos diretores da cooperativa.
Como Funciona uma Cooperativa de Saúde?
Uma cooperativa de saúde opera com um modelo organizacional único, focado na colaboração e gestão democrática.
Profissionais como médicos, enfermeiros e outros especialistas, unem-se de espontânea vontade para oferecer serviços de saúde.
Como vantagens, eles compartilham responsabilidades e recursos, o que permite um nível melhor de competitividade, além de uma estrutura de trabalho mais flexível e adaptada às necessidades dos membros e pacientes.
Nos tópicos a seguir detalharemos itens sobre a governança e o funcionamento de uma cooperativa da área da saúde.
Associação voluntária e autônoma
As cooperativas de saúde são baseadas no princípio da associação voluntária e autônoma. Essa associação é guiada pela vontade comum de melhorar a qualidade dos serviços de saúde e garantir uma gestão mais ética e centrada no paciente.
Os membros mantêm sua independência profissional, mas colaboram para atingir objetivos comuns.
Essa união voluntária também permite aos profissionais uma maior competitividade no mercado, tornando-se mais factível a obtenção de condições justas de trabalho e remuneração.
Gestão controlada pelos seus próprios membros
Nas cooperativas de saúde, a gestão é controlada democraticamente por seus membros. Cada membro tem direito a voto, e as decisões importantes são tomadas coletivamente.
Isso torna mais fácil que as políticas e direcionamentos da cooperativa reflitam de verdade os interesses e necessidades de todos os envolvidos.
Com isso, é esperado um ambiente de trabalho mais justo e transparente, onde os membros são responsáveis tanto pelo sucesso quanto pelos desafios enfrentados pela cooperativa. A gestão participativa ajuda ainda na criação de um ambiente colaborativo, onde os membros se sentem mais engajados e motivados.
Eleição interna de representantes
Dentro de uma cooperativa de saúde, ocorrem eleições internas para escolher representantes, que serão responsáveis por liderar e representar os interesses dos membros e garantir que as operações estejam alinhadas com os objetivos da organização.
As eleições garantem que a liderança seja renovada e esteja alinhada com as necessidades atuais dos membros. Além disso, gera na cooperativa um senso de responsabilidade geral, com participação ativa dos membros.
Responsabilidade financeira
Numa cooperativa, a responsabilidade financeira em uma cooperativa de saúde também é compartilhada entre todos os membros. Nelas, cada membro contribui para o capital social, que é usado para cobrir os custos operacionais e investir em melhorias.
Os lucros gerados são normalmente reinvestidos na cooperativa ou distribuídos entre os membros, conforme acordado em estatuto e atas de assembleia.
Ao operar desta forma, garante-se maior transparência e sustentabilidade do negócio a longo prazo, buscando bem estar coletivo ao invés de priorizar lucros individuais.
Isso fortalece a estabilidade financeira da cooperativa, garantindo que os membros se beneficiem diretamente do seu sucesso.
Quais são os benefícios que uma cooperativa de saúde traz?
As cooperativas de saúde oferecem múltiplos benefícios tanto para os profissionais de saúde quanto para as comunidades onde estão inseridas.
Para os profissionais, as cooperativas proporcionam maior autonomia e controle sobre a prática médica, além de oportunidades de colaboração e desenvolvimento profissional.
Por outro lado, na comunidade, as cooperativas melhoram o acesso a serviços de saúde de qualidade, oferecendo uma variedade de atendimentos, desde cuidados primários até especialidades mais específicas.
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Preços mais acessíveis na prestação de serviços
Uma das principais características das cooperativas na essência é a possibilidade de obter uma estrutura que favorece a redução dos custos operacionais. Dessa forma, as cooperativas de saúde com esse modelo conseguem oferecer serviços com um bom nível de qualidade a preços mais acessíveis.
Essa vantagem é mais facilmente percebida e importante em locais onde o acesso a boas infraestruturas de saúde são raras ou têm relevantes barreiras de entrada.
É o caso de comunidades rurais e favelas, por exemplo, que contam com poucos equipamentos de saúde pública e, dessa forma, suas populações precisam se deslocar para chegar até eles.
Questões financeiras também são relevantes para esses públicos que, muitas vezes, acabam não tendo como pagar por tratamentos em clínicas de saúde particulares que funcionam nos modelos mais tradicionais.
Assim, acabam recorrendo ou às cooperativas, que cobram uma mensalidade a um valor justo ou às clínicas populares, voltadas especificamente para esse público.
Por isso, ao operar com a lógica do cooperativismo e do mutualismo ao invés de lucro a qualquer custo, muitas empresas ganham não só competitividade, mas também a possibilidade de viabilizar a operação em um nicho de mercado novo ou pouco explorado.
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Possibilidade de ampliação nos serviços prestados
A lógica por trás de uma cooperativa de saúde subentende que elas são formadas por vários profissionais diferentes, tanto na formação profissional quanto pessoal. Com isso, há uma possibilidade maior de prestar serviços de formas diferentes, numa mesma especialidade ou ainda melhor: prestar serviços em diferentes especialidades.
Quando isso ocorre, há uma tendência de crescimento da clínica. Isso se deve, principalmente, ao fato de poder atender a toda uma família com diferentes tipos de serviço.
Por exemplo, se uma pessoa por volta dos 35 anos leva seu pai de 60 para uma consulta no cardiologista e se dá conta de que no mesmo local há pediatras, ele também pode querer levar seu filho para uma consulta nesta clínica.
Isso forma todo um ciclo virtuoso, onde a gama de serviços e especialidades médicas também se reflete em faturamento e qualidade percebida por parte dos clientes/pacientes.
Outro fator em que a ampliação dos serviços oferecidos pode contribuir é com relação à contribuição entre profissionais.
Com a formação de uma equipe multiprofissional de saúde, pacientes podem se beneficiar com o compartilhamento de informações entre médicos e até mesmo encaminhamentos.
Com isso, mais uma vez quem ganha é a cooperativa, que deixa de perder um serviço para um concorrente.
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Qualificação dos serviços prestados
Uma das principais chaves para o sucesso no atendimento ao cliente é aumentar a percepção de valor e qualidade nos serviços prestados a eles.
No caso das cooperativas de saúde, isso é substancialmente possível ao trabalhar com uma cultura mutualista na essência.
Além da cooperação entre os próprios profissionais, há também uma situação em que os pacientes podem vir a se sentir parte da estrutura, demonstrando mais confiança e percebendo qualidade no atendimento.
Com tudo isso em perspectiva, a tendência é que o cliente volte mais vezes, gerando recorrência e continuidade no relacionamento.
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Flexibilidade na gestão
Entre os grandes desafios na gestão de um estabelecimento de saúde, certamente está a flexibilidade (ou a falta dela).
Muitas empresas acabam optando por um modelo pouco flexível e mais sisudo, o que gera burocracia excessiva e problemas na assimilação da cultura por parte dos colaboradores.
Por outro lado, as cooperativas de saúde em alguns casos, podem ter uma estrutura mais flexível. Isso se deve principalmente ao fato de que, embora existam pessoas responsáveis pela administração e gestão, não há a figura de um dono.
Com isso, é mais fácil com que os cooperados e colaboradores envolvidos no funcionamento da empresa passem a se sentir integrados e parte de um time, ao invés de simplesmente servir a quem lhe paga.
Ao adotar estruturas mais flexíveis, os colaboradores também podem ficar em contato com inovações de forma mais rápida, além de levar às diretorias suas ideias e opiniões a respeito de determinados pontos.
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Foco na saúde comunitária
Como dissemos anteriormente, por tratar-se de um tipo de instituição que não busca o lucro a qualquer custo, as cooperativas de saúde podem voltar mais as suas atenções para as necessidades específicas das comunidades locais.
Dessa forma, os serviços de saúde oferecidos podem estar mais alinhados com as necessidades e expectativas da população local.
Isso gera valor para a importância da cooperativa de saúde perante à comunidade na qual ela está inserida, além de trazer uma melhoria no nível de saúde geral das pessoas.
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Mais autonomia profissional
Quando alguém trabalha em uma empresa com estrutura pouco flexível, é comum que haja algum tipo de desgaste após os primeiros meses de relação laboral.
Este é um fator bastante complexo, pelo qual empresas maiores têm grandes dores de cabeça no setor de Recursos Humanos e captação de talentos.
Isso porque, embora bons salários sejam ótimos incentivos para atrair profissionais para as vagas disponíveis, nem sempre é suficiente para mantê-los.
Em algumas empresas, a cultura não é bem desenvolvida ou assimilada, ou ainda pior: pode gerar quadros de ansiedade e burnout em seus funcionários.
Assim, o ideal é ter uma estrutura que favoreça a satisfação e valorização profissional, aumentando assim a capacidade de reter talentos e reduzindo a rotatividade.
No caso das cooperativas de saúde, a tendência é haver uma estrutura que dê muito mais autonomia aos profissionais. Claro, todos devem saber suas responsabilidades e deveres, mas com alguma tranquilidade para exercer o seu trabalho da forma que acreditam ser a correta.
Com isso, além do senso de pertencimento e responsabilidade, os profissionais também se tornam mais comprometidos e disponíveis para trabalhar em melhorias na cooperativa.
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Favorecimento da multidisciplinaridade no atendimento
Nos últimos anos, o reconhecimento da Multidisciplinaridade como uma importante ferramenta de melhoria nos cuidados da saúde foi fundamental para o crescimento do setor.
Essa multidisciplinaridade, por sinal, é um dos grandes benefícios que as cooperativas de saúde trazem tanto para os seus funcionários quanto para os pacientes.
Ao adotar uma estrutura multidisciplinar, as cooperativas de saúde prestam um serviço mais completo e integrado aos pacientes, além de facilitar o networking e aumento de conhecimento por parte dos profissionais.
Exemplos de cooperativa de saúde no Brasil
No Brasil há 767 cooperativas de saúde, de acordo com um levantamento da Organização de Cooperativas do Brasil. Muitas delas se tornaram empresas grandes e sólidas, fazendo com que muitos nem percebam que tratam-se de cooperativas na sua essência.
O primeiro caso que vamos abordar é um desses e você logo vai entender do que estamos falando:
UNIMED
Pois é – embora a Unimed seja vista hoje como uma grande corporação da área da saúde, o seu surgimento veio exatamente como uma cooperativa.
A “União dos Médicos”, acrônimo UNIMED surgiu da necessidade que um grupo de médicos liderados pelo ginecologista-obstetra Edmundo Castilho tinham de reduzir o papel dos intermediários na prestação de serviços médicos.
Com isso, suas buscas envolviam respeitar a autonomia profissional e ampliar o acesso aos serviços de saúde por parte da população.
Atualmente a UNIMED está presente em mais de 80% do território nacional, sendo responsável por 340 cooperativas médicas (normalmente divididas por setores regionais), 117 mil médicos cooperados e 18 milhões de beneficiários, sendo uma das grandes referências mundiais com relação ao cooperativismo de saúde.
UNIODONTO
Outro bom exemplo de cooperativismo na saúde é a UNIODONTO. Além de ser uma cooperativa bem estabelecida no mercado, ela foi responsável por iniciar no Brasil o conceito de plano odontológico, ainda nos anos 70.
Considerada a maior cooperativa odontológica do mundo, a cooperativa se tornou uma verdadeira referência no que diz respeito à qualidade dos seus serviços.
O que começou com a união de 37 dentistas, hoje são 22 mil cirurgiões-dentistas, que atendem mais de 3 milhões de clientes em 1300 cidades brasileiras.
Conheça a Sinaxys e encontre ótimos profissionais da área da saúde
Você tem dificuldades para encontrar profissionais da área da saúde que sejam qualificados e estejam de acordo com as necessidades da sua empresa? É possível que você esteja buscando as pessoas da forma errada ou pior – no lugar errado.
Atualmente existem muitos sites que profissionais buscam emprego, mas quase nenhuma delas está atenta às particularidades do seu negócio.
Se você é da área da saúde, sabe o quanto é necessário investir tempo e energia na pessoa certas, com as características que você precisa. Nesse aspecto, a Sinaxys se destaca como uma plataforma inovadora no recrutamento de profissionais qualificados na área da saúde.
Com mais de 15.000 médicos, dentistas e enfermeiros cadastrados, a Sinaxys oferece um acesso incomparável a candidatos altamente qualificados.
Ao buscarem uma plataforma de saúde, eles mostram um nível maior de consciência de que estão em busca não apenas de um novo emprego, mas também de uma oportunidade de crescimento.
Mais de 25.000 candidaturas já foram realizadas em vagas anunciadas, beneficiando mais de 300 clínicas, hospitais e consultórios.
Alguns números da Sinaxys para você entender melhor do que estamos falando:
- Com mais de 15 mil médicos, dentistas e enfermeiros, a Sinaxys conta com uma ampla gama de especialistas.
- Mais de 25 mil candidaturas já foram aplicadas a vagas de emprego em mais de 300 instituições de saúde.
- Mais de 3 milhões de pacientes atendidos por profissionais contratados pela Sinaxys.
E entre outras vantagens, nada melhor do que ter facilidade para recrutar e reduzir os gastos com marketing e RH para atrair profissionais para as suas vagas.
Conclusão
As cooperativas de saúde representam uma revolução no setor, oferecendo um modelo colaborativo e eficiente para profissionais e pacientes. Elas proporcionam uma gestão mais democrática, preços acessíveis, e um alto padrão de serviços.
Para profissionais da saúde, as cooperativas são uma oportunidade de trabalhar com autonomia e em um ambiente que valoriza suas habilidades e conhecimentos.