Residência em Odontologia: o que é, como funciona, e especialidades

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Em pleno 2021, o mercado de trabalho tem ficado competitivo. Destacar-se na área da Odontologia, com certeza não é uma tarefa fácil! Porém, a residência em odontologia pode te trazer uma solução.

Hoje existem 310 mil cirurgiões dentistas no país, formando uma média de 670 profissionais por habitante. Isso porque, a cada ano, formam-se em Odontologia quase 15 mil dentistas. É muita coisa!

Diante desta perspectiva, o que será que fará você se sobressair da concorrência?

Calma que nós te contamos!

Continue a leitura para entender tudo sobre a residência em Odontologia, através de um material completo que irá te explicar o que é, como funciona, especialidades, e o porquê de investir nesta oportunidade.

O que é a Residência Multiprofissional em Odontologia?

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Antes de saber o que é a Residência Multiprofissional em Odontologia, é preciso entender todas as etapas da sua formação. Como você já deve saber, a faculdade de Odontologia tem a duração de 5 anos.

Porém, sua graduação não acaba aqui. Para exercer a profissão você precisará de um registro legal no CRO ou Conselho Regional de Odontologia. Essa documentação deve ser feita no estado onde você concluiu o seu curso e ela te possibilita atuar na sua profissão.

Entretanto, para sair à frente da maioria dos profissionais, antes de partir para a ação, é muito mais interessante que você invista em uma residência em Odontologia.

Mas afinal, fazer residência é a mesma coisa do que fazer pós-graduação?

Não. Para sua melhor compreensão, o Brasil oferece dois tipos de pós-graduação: a modalidade lato sensu e stricto sensu.

Os cursos de graduação lato sensu lhe fornecerão uma especialização completa e ampla. São divididos em especialização, MBA (para áreas voltadas à gestão e administração) e residência (para a área da saúde), sendo eles do mesmo grau.

Já os cursos stricto sensu lhe fornecerão uma especialização restrita ou específica. Como o mestrado ou doutorado.

Lembrando que para cursar qualquer um destes, é requisito obrigatório ter seu diploma de nível superior em mãos.

Quem se limitar à obtenção do CRO, estará somente apto a atuar com o atendimento geral. Este ajudará com questões mais genéricas, e seu foco de tratamento serão os dentes, boca e ossos da face.

Quem opta por este caminho, geralmente se torna um dos famosos “dentistas de convênio”.

Então, por que se especializar?

A especialização te dará a permissão para além de fazer o atendimento geral, também estar apto a realizar pequenas intervenções cirúrgicas e outros procedimentos dentários.

Alguns exemplos são a extração de dentes, implante de próteses dentárias, cirurgias corretivas (para melhorar o posicionamento dos dentes ou dos ossos da boca), procedimentos emergenciais, bichectomia e até mesmo o tratamento de câncer bucal.

Por isso, a fim de se tornar um profissional capacitado, a escolha mais inteligente é investir em uma residência multiprofissional.

O que é isso e como ela funciona em Odontologia? É isso que você vai saber a seguir.

O que é a Residência Multiprofissional?

Como já explicamos previamente, a Residência Multiprofissional é uma Pós Graduação Lato Sensu.

Considerada “novidade” e aclamada no mercado, foi criada em 2005, a partir da promulgação da Lei № 11.129.

Tecnicamente falando, trata-se de um programa de cooperação na prática exclusivo para a área da saúde, de modo que garanta uma formação fundamentada e inserção integral, multiprofissional e interdisciplinar.

Podem fazer residência os profissionais dos ramos de odontologia, farmácia, biologia, biomedicina, psicologia, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, entre outros.

Os programas de Residência Multiprofissional são submetidos aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), e a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde – regida pelos Ministérios da Saúde e Educação – (CNRMS).

A CNRMS tem o papel de avaliar estas Residências Multiprofissionais para garantir que correspondem aos requisitos do SUS e principalmente verificar se estão atendendo as necessidades sócio epidemiológicas da população brasileira.

Além de credenciar estes programas em Saúde e Residência na Área Profissional da Saúde, checar se as instituições estão habilitadas a oferecê-lo e registrar certificados de validade nacional, com especificação de categoria e ênfase da Residência Multiprofissional.

O melhor de tudo é que não importa se você se formou ano passado, há dois anos ou até há muitas décadas! A CRMS não tem uma data limite, ou um determinado tempo de atuação na área para você poder conseguir uma vaga.

Então será que eu posso fazer uma residência em Odontologia em qualquer etapa da minha carreira?

Sim! Porém, esteja sempre atento ao edital de abertura do programa, pois algumas instituições podem estabelecer regras específicas.

Em suma, a residência em Odontologia é composta por aulas teórico-práticas completíssimas 80% práticas e 20% teóricas em instituições de pesquisa e saúde como hospitais ou hospitais-escola, universidades e institutos de pesquisa.

Agora que você entendeu todo o conceito, vamos partir para seu funcionamento mais a fundo.

Para que serve a Residência Multiprofissional em Odontologia?

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Segundo a vice-presidente de Ensino da Fiocruz, Níssia Lima, o ensino multiprofissional “rompe com a lógica tradicional de delimitação estreita de fronteiras profissionais, promovendo integração entre saberes e práticas multiprofissionais no cotidiano das equipes de atenção a saúde”.

Em qualquer residência multiprofissional, o aluno terá um auxílio completo de um preceptor, que será uma referência para o conhecimento e para a realização de todos os procedimentos clínicos, exercendo o papel de revisor.

O preceptor irá ministrar o aprendizado prático através de instruções formais, com o estabelecimento de objetivos e metas.

Assim, ele auxilia principalmente com a competência clínica e aspectos de aprendizagem profissional, favorecendo a aquisição de novas habilidades para o recém-graduado em situações reais, no seu próprio ambiente de trabalho.

Ou seja, a Residência Multiprofissional em Odontologia serve para a aprendizagem e aperfeiçoamento dos conhecimentos em odonto, na prática.

Tudo que foi aprendido e anotado no caderno durante a faculdade, será transformado na vivência especializada, promovendo a fixação da teoria já estudada.

Mas você deve estar se perguntando, por que fazer residência em Odontologia se já existem aulas práticas na faculdade?

Porque a residência servirá como um suporte para você aprender novas abordagens, como, por exemplo, a abordagem da dor. Uma técnica que só pode ser entendida através de uma experiência real com o seu paciente.

Ademais, o dentista é introduzido a sua área de especialização de forma dinâmica aprendendo como funciona e qual a melhor forma de lidar com as situações na comunidade odontológica, preparando-se para performar profissionalmente.

Será que isso realmente trará um bom diferencial? É o que vamos abordar no próximo tópico.

Importância da Residência Multiprofissional em Odontologia

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A residência em Odontologia lhe garante uma vantagem perante outros candidatos, agrega valor ao seu currículo e principalmente ao seu trabalho.

O profissional da Odontologia que possui uma especialização, tem o conhecimento centrado em sua área de atuação, possibilitando que ele atue não somente com o atendimento geral, algo que é muito comum em 2021, mas também traga soluções para outros casos diversos.

Não é novidade que a odontologia tem se tornado uma área cada vez mais saturada. Segundo o último levantamento da CFO (Conselho Federal de Odontologia), o Brasil tem hoje 44.553 clínicas odontológicas.

Com o objetivo de captar bastante clientes, a saída é a especialização.

Por este motivo que a residência em Odontologia traz o maior número de vantagens considerando o crescente número de dentistas e a constante evolução deste setor tão procurado.

Centrar os estudos em uma especialidade, permitirá você a desenvolver um trabalho de qualidade de modo completo, lhe conferindo valor como dentista competente.

Além de que o currículo de um residente é muito mais interessante e rico, contando com um novo título e abrindo um novo leque de oportunidades mais atrativas.

Afinal, optar por uma educação continuada trará uma vasta experiência no seu ramo, troca de aprendizados através de networking, aumento do seu salário e qualidade de vida.

Você ampliará seu network tanto durante o curso como depois, estabelecendo contato constante com estudantes e trabalhadores de perfis variados em idade, experiência e área de atuação, compartilhando conhecimentos e tornando essa caminhada muito mais proveitosa.

Inclusive, o networking é uma estratégia fundamental na vida dos trabalhadores da saúde.

Falando em benefícios, subir seu nível de qualificação aumentará seu rendimento mensal. Os ganhos são maiores, pois o especialista tem acesso a materiais e procedimentos mais caros que o generalista não está apto a realizar. Com isso você conseguirá investir mais ainda na sua carreira.

Assim, independentemente de você escolher atuar com atendimento particular ou com uma rede de plano odontológico, estará atualizado e competitivo na área, garantindo a satisfação de cada vez mais pacientes.

Como funciona a Residência Multiprofissional em Odontologia?

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Qualquer pessoa que almeja sucesso, precisa estar ciente que para alcançar seus objetivos, é necessário erguer as mangas e se dedicar para valer.

Como já esperado, na residência em Odontologia não seria diferente. Prepare-se para um período de muito suor e dedicação, que culminará na sua vitória e na obtenção de todas aquelas vantagens as quais citamos anteriormente.

Está pronto?

A seguir você terá acesso a todas as informações que necessita para finalmente embarcar nesta jornada, começando pelo processo de seleção para se tornar um dentista residente.

Pegue o papel e a caneta, e vamos lá!

Processo seletivo

Para seu ingresso de fato na residência em Odontologia, precisará ser aprovado no processo de seleção. Este é realizado por instituições que oferecem a modalidade, que geralmente são centros universitários e universidades de todo o Brasil.

A taxa de inscrição varia entre R$ 100,00 e R$ 350,00 para cada avaliação.

Este processo é dividido em três grandes etapas: a prova de conhecimentos gerais e específicos (objetiva e discursiva), análise de currículo lattes e finalmente a entrevista.

As provas objetivas e discursivas têm caráter eliminatório e classificatório. Na prova de conhecimentos gerais, as avaliações cobram questões sobre assuntos comuns para todas as residências.

Serão temas da Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Saúde Coletiva e Saúde Pública, Língua Portuguesa e códigos do Sistema Único de Saúde (SUS). Você encontrará o referencial teórico no edital da Instituição.

Já nas provas de Conhecimento Específico da Graduação, você irá encontrar questões vinculadas ao conteúdo programático estudado na faculdade de Odontologia.

Como anatomia, ciências odontológicas e materiais dentários, classificadas em fáceis, intermediárias e difíceis.

Posteriormente, irá se deparar com perguntas de Conhecimento Específico da sua Área de Residência, que conterão temas um pouco mais aprofundados na área escolhida por você.

Por exemplo, se a área escolhida for Oncologia, você responderá os questionamentos deste tema.

Passando para a etapa de análise de currículo lattes, esta será classificatória, onde seu currículo será avaliado por uma banca de examinadores.

Nesta parte as suas experiências vividas na graduação serão muito mais valorizadas do que as experiências profissionais. Por isso, é importante que você se submeta a congressos, publicações de artigos, projetos de pesquisa, entre outros.

E é este comprometimento que te levará à etapa final da entrevista.

Para evitar deslizes, antes de efetuar a matrícula, se informe sobre a instituição escolhida, a fim de ter certeza que ela tem uma clínica bem equipada, time de apoio (atendentes e auxiliares), e pacientes. Afinal, o melhor curso pode não estar na sua cidade.

Lembre-se de verificar se você atende os requisitos básicos para se candidatar. São necessários seu diploma de graduação, estar inscrito(a) no conselho de classe e dedicar-se exclusivamente ao curso sem nenhum vínculo empregatício.

Planeje seu tempo, seu estudo e situação financeira para investir na melhor escola. E não vai esquecer de ler atentamente o edital da Instituição, hein?

O que faz um residente em Odontologia?

A rotina de um residente em Odontologia é bastante agitada.

Os alunos trabalham segundo a metodologia de clínica ampliada. Sendo assim, o programa multiprofissional de residência em Odontologia funciona de acordo com uma revisão do modelo assistencial.

Por isso, você atuará com a assistência no atendimento dos pacientes, performance de procedimentos e cirurgias, realmente transformando a teoria, na prática.

Você estará sempre respondendo às necessidades odontológicas concretas da comunidade e família, assim ajudando a construir novos paradigmas na assistência da saúde.

Didaticamente, o programa de residência é dividido em dois momentos, o primeiro caracterizado pelas experiências gerais dos ambientes hospitalares, e o segundo onde  o residente pode decidir optar pelo ênfase em sua formação.

Desta maneira, o aluno irá aprendendo e criando seu próprio perfil de profissional da saúde, baseado no tratamento humanizado.

Qual a bolsa (salário) de um residente em Odontologia?

Todo seu esforço terá uma recompensa!

Os residentes têm direito a uma bolsa, financiada pelos Ministérios da Saúde e Educação, no valor de R$ 3.330,43. Por este motivo, não podem realizar nenhuma atividade profissional, dedicando-se exclusivamente a residência.

Qual o tempo de duração de uma Residência Multiprofissional em Odontologia?

A residência em Odontologia tem a duração de dois anos, com uma carga de sessenta horas semanais.

A carga horária total durante a residência é de 5.760 horas, sendo que o estudante pode ter uma folga semanal de 30 dias consecutivos de férias por ano, que podem ser divididas em dois períodos de 15 dias.

Quais são as especialidades de Residência Multiprofissional em Odontologia em 2021?

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Bom, oportunidade de especialização, não falta.

Estas são as especialidades de Residência em Odontologia disponíveis em 2021:

    • Saúde Coletiva e da Família;
    • Cirurgia e Traumatologia Buco maxilofacial;
    • Endodontia;
    • Oncologia;
    • Saúde da Mulher;
    • Odontologia do Esporte;
    • Odontopediatria;
    • Saúde da Criança;
    • Radiologia Odontológica e Imaginologia;
    • Odontologia do trabalho;
    • Implantodontia;
    • Periodontia;
    • Estética;
    • Intensivismo;
    • Saúde Perinatal;
    • Urgência e Trauma;
    • Saúde Comunitária;
    • Saúde do Adulto e Idoso;
    • Atenção ao Paciente Crítico;
    • Pacientes com Necessidades Especiais;
    • Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial;
    • Síndromes e Anomalias Craniofaciais;
    • Odontologia Hospitalar;
  • Odontologia Legal.

Qual a área da Odontologia que mais dá dinheiro?

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Pensando a níveis lucrativos, hoje em dia ganham mais os Cirurgiões Dentistas – Clínico Geral e o Cirurgião Dentista da Estratégia de Saúde da Família.

Os dentistas que decidem se especializar e seguir na área da docência, são os que conseguiram faturar mais em 2021.

O cargo de professor titular na especialidade de prótese também dá bastante retorno, conta com um salário de R$16.454,57!

Conclusão

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De acordo com as tendências do mercado atual, a residência em Odontologia traz a resposta para o seu sucesso na área odontológica.

Motivos não faltam para encarar com determinação o propósito de se tornar um residente e alcançar seus grandes sonhos.

Basta agora você se informar sobre as especialidades e instituições para assegurar que escolherá a opção ideal!

As residências em Odontologia da USP, UFMG e UFRN estão hoje entre as mais procuradas. Clique aqui para acessar mais dicas para o seu processo de preparação para a residência.

Dê uma olhada também no Portal do Ministério da Educação, para mais detalhes, documentos e leis oficiais.

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