A escala de plantão é uma espécie de planejamento que serve para distribuir os funcionários em um expediente que não é pré-definido, definindo a quantidade de horas a serem trabalhadas e horas de descanso.
Existem vários tipos de escalas, e cada uma delas conta com características e regras diferentes, que devem ser levadas em consideração de acordo com as necessidades da organização de saúde.
Para fazer uma boa escala de plantão, é preciso observar uma série de fatores que interferem desde a qualidade do atendimento dos pacientes, até a satisfação da equipe que estiver em serviço.
Pensando nisso, preparamos este guia para te ajudar a montar uma escala eficiente e atrair cada vez mais pacientes para a instituição. Confira!
O que é uma escala de plantão?
Escala de plantão é o planejamento de horários de trabalho no qual não há um expediente pré-definido. Explicando melhor, as empresas precisam dispor de seus funcionários de acordo com a quantidade de horas trabalhadas, com os turnos e os descansos de cada um deles.
A escala de plantão funciona de uma forma diferente dos horários estabelecidos pelo artigo 58 CLT, que são 8 horas por dia com os fins de semana livres. Nesse modelo de trabalho, o profissional deve trabalhar um determinada quantidade de horas para ter direito a folgar por X horas.
Esse formato é muito usado para trabalhadores da área da saúde, como médicos e enfermeiros, por exemplo, principalmente quando trabalham em hospitais e postos de saúde e outros tipos de instituições da área, que são serviços essenciais e devem sempre estar em funcionamento.
Como funciona uma escala de plantão?
Como comentamos acima, na escala de plantão o funcionário trabalha X horas e folga Y horas. Essas quantidades são pré-determinadas pelo gestor, de acordo com a disponibilidade de pessoal e a demanda da organização de saúde.
Isso porque essas instituições prestam serviços essenciais e devem estar 24h por dia à disposição dos pacientes, portanto é preciso planejar de forma a ocupar todos os horários sem sobrecarregar nenhum dos trabalhadores.
Existem, então, diversos tipos diferentes de plantão, em que o profissional trabalha e folga um número de horas diferentes. Veremos mais a respeito deles a seguir.
Quais os tipos de plantão?
Existem vários tipos de escala de plantão que são usados pelas instituições de saúde e outras áreas profissionais. As mais utilizadas são 5×1, 5×2, 4×2, 6×1, 12×36, 18×36 e 24×48.
Entenda, abaixo, como funciona cada uma delas.
5×1
A escala 5×1 é quando o funcionário trabalha por cinco dias consecutivos e tem direito a um dia de folga, sendo que, por direito, ele tem um domingo de folga por mês.
Dessa maneira, cumprindo o que é estabelecido na Constituição Federal, que diz que o trabalhador não pode ultrapassar 8 horas por dia ou 44 horas por semana de atividade, os plantonistas nessa escala devem trabalhar 7 horas e 20 minutos por dia.
5×2
No caso da escala 5×2, o plantonista trabalha por cinco dias e folga dois dias, podendo ser consecutivos ou não. Dessa forma, ele cumpre uma jornada de 44 horas semanais que, divididas em 5 dias, significa que ele trabalha por 8 horas e 48 minutos diários.
4×2
A escala 4×2 é quando o plantonista tem quatro dias de trabalho consecutivos para dois dias de folga. Os turnos, nesse caso, são de 11 horas, portanto, dentro de um mês, ele trabalha por 20 dias e folga 10.
Isso significa um total de 220 horas trabalhadas, sendo que ele deve ser remunerado por 30 horas extras.
6×1
Na escala de plantão 6×1 o trabalhador deve exercer sua função por seis dias e folgar um. Como esse funcionário trabalhará no fim de semana, ele tem direito a um domingo de folga a cada 7 semanas, no máximo.
Um ponto importante a ser ressaltado aqui é que, caso as jornadas aos domingos e feriados não sejam compensadas com folgas, elas deverão ser remuneradas ao plantonista em dobro.
12×36
A escala 12×36 ocorre quando o funcionário trabalha 12 horas e folga por 36 horas. Nesse esquema, ele tem direito a uma hora de intervalo para o almoço, mas não recebe por horas extras.
18×36
Quando se trata da escala 18×36, o plantonista trabalha por 18 horas e folga por 36 horas. Apesar de a CLT não respaldar esse tipo de escala, ela permite que as empresas a adotem, já que compreendem que alguns setores precisam de horários especiais de funcionamento, tal qual o setor da saúde.
24×48
Ao trabalhar na escala 24×48, o plantonista trabalha por 24 horas e folga por 48. Esse é um tipo de escala bastante comum na área da saúde, para médicos e enfermeiros, por exemplo.
Escala de plantão é a mesma escala que a de revezamento?
Escala de plantão e escala de revezamento não são a mesma coisa, porém, estão relacionadas.
Escala de revezamento é uma modalidade em que há alocação de funcionários em dias, turnos ou horários variados, portanto, as folgas são variáveis. Resumindo, se as folgas acontecem em duas diferentes, a escala é de revezamento.
No caso da escala de plantão, as folgas são em dias fixos, portanto, não há revezamento.
De acordo com o artigo 67 da CLT, as empresas que trabalham de forma legal aos domingos e feriados são obrigadas a dar folga ou fazer escala de revezamento dos funcionários.
Como fazer uma gestão de escala de plantão eficiente?
Para fazer uma escala de plantão eficiente, um gestor deve pensar na importância de se ter um número suficiente de profissionais à disposição dos possíveis pacientes. Isso porque quando as organizações de saúde fazem uma escala de plantão com escassez de pessoal, ela pode perder seu contrato com prefeituras e instituições privadas, por exemplo, já que a eficiência da prestação de serviço é diretamente afetada.
Para evitar que esse tipo de problema aconteça, veja abaixo algumas dicas para se fazer uma escala de plantão com eficiência.
Faça o planejamento da escala com antecedência
O primeiro passo, e talvez o mais importante, é planejar a escala com antecedência. Isso porque é preciso ter organização para garantir que o número adequado de profissionais esteja à disposição de acordo com a demanda daquele determinado período em que eles serão escalados.
É preciso que os plantonistas atendam a todas as atividades essenciais da instituição naquele intervalo de tempo para garantir o melhor atendimento ao paciente.
Dessa forma, analise os períodos de férias, folgas e licenças dos funcionários para garantir que terá a equipe necessária à disposição, sem sobrecarregar os profissionais.
Automatize a gestão do controle de ponto
Outra forma de otimizar a escala de plantão é contar com uma ferramenta que automatize a gestão do controle de ponto. Assim, ficará mais fácil e rápido acompanhar a escala de cada um dos funcionários e visualizar quem estará disponível para determinado plantão, além de facilitar a visualização de um possível excesso de trabalho e ajudar a evitar que os plantonistas cheguem a um burnout.
Controle a frequência e irregularidades do ponto
Como comentamos no tópico anterior, controlar a frequência de seus plantonistas ajuda a evitar que determinados profissionais trabalhem demais, enquanto outros trabalhem pouco dentro daquele contexto.
Acompanhando essa rotina de perto, o gestor terá mais facilidade em identificar se as escalas estão sendo cumpridas corretamente e, assim, escalar os colaboradores de forma a não sobrecarregá-los. Além disso, verificar o andamento do trabalho dos profissionais é importante para garantir a satisfação dos pacientes.
É importante lembrar que o Código de Ética Médica define a ausência do médico designado para determinado plantão como infração.
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Complete a escala com plantonistas fixos
Uma forma de completar sua escala é ter sempre alguns plantonistas fixos para determinados períodos. Assim, ficará mais fácil escalar aqueles que pegam plantões em dias variados, já que estarão em menor número.
É necessário também resguardar-se contra todos os problemas e imprevistos que possam surgir para atrapalhar a organização e o fluxo de trabalho na instituição de saúde.
Por isso, é preciso contar com profissionais substitutos, fazendo com que, caso algum plantonista não possa cumprir sua função por algum motivo, haja alguém de sobreaviso para substituí-lo de forma imediata. Isso porque, caso não haja um substituto, prejuízos e transtornos no atendimento poderão ser causados.
Reduza o turnover dos profissionais
Chamamos de turnover a taxa de rotatividade de funcionários em determinada organização em um certo período de tempo, normalmente, um ano.
Quando uma equipe se sente motivada e feliz, sua conexão com a empresa se torna mais forte, fazendo com que haja menos rotatividade e uma maior retenção de talentos.
Automatize o processo de RH
Automatizar o processo de RH é uma forma de agilizar o processo e, também, de economizar. Isso porque, muitas vezes, as empresas do ramo aumentam o valor cobrado por plantão para conseguirem cobertura de médicos para os mesmos.
Isso sem falar nos altos custos operacionais para manter uma equipe atuando via grupos de WhatsApp para recrutar os profissionais desejados.
Mas, com a Sinaxys, tudo isso pode ser mais fácil. Trabalhamos com uma plataforma de recrutamento totalmente automatizada e que faz com que organizações e profissionais de saúde qualificados se encontrem de maneira fácil e rápida.
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Como fazer escala de plantão de enfermagem?
A escala de plantão não funciona só para médicos, mas também para enfermeiros. Veja a seguir as principais dicas para se fazer uma escala de plantão de enfermagem.
Estude os aspectos legais
É preciso lembrar que a escala de plantão deve sempre estar de acordo e respeitar a CLT. Como comentamos anteriormente, existem diversos tipos de escala e cada uma tem suas regras específicas que precisam ser seguidas.
Por isso, para evitar qualquer problema com as leis trabalhistas e tratar seus colaboradores da maneira correta, lembre-se de estudar os aspectos legais e não deixe de acompanhar possíveis emendas, votações dos governos e calendário dos sindicatos.
Avalie variáveis
Algumas variáveis, como o número de pacientes, os horários de folga e os períodos de trabalho, podem interferir na elaboração da escala de plantão de enfermagem.
Por exemplo, se o gestor utilizar uma escala baseada na demanda, será possível visualizar quantos plantonistas serão necessários naquele determinado momento para atender adequadamente aos pacientes.
Assim, evita-se que setores fiquem sobrecarregados e é possível oferecer a assistência necessária para cada um dos pacientes.
Estabeleça metas em conjunto
É muito comum que aconteçam divergências entre equipes que trabalham em plantões distintos, e isso pode afetar diretamente na produtividade e no relacionamento entre elas.
Por isso, estabelecer metas em conjunto com todos os colaboradores é essencial para que todos trabalhem em convergência em prol de um bem comum.
Centralize as informações
Centralizar as informações é essencial para que não haja falhas na comunicação entre a equipe. Por exemplo, se um plantonista tiver um imprevisto, não puder comparecer e avisar ao gestor via WhatsApp em uma situação em que a escala é feita manualmente e não possa ser atualizada de imediato, os outros membros da equipe não saberão da mudança ocorrida.
Portanto, ter uma única plataforma para gerir as escalas que permita o acesso de todos os envolvidos faz com que as informações se centralizem e que haja tempo hábil para resolver esse tipo de emergência.
Automatize o processo de recrutamento de enfermeiros
Sabemos que realizar recrutamento de profissionais de enfermagem não é uma tarefa fácil. Afinal, contar com um operacional que busque os trabalhadores ideais de forma analógica pode demandar um alto custo e um longo tempo.
Por isso, automatizar os processos de recrutamento e contar com uma plataforma que possa facilitar que as organizações de saúde e os profissionais da área dêem um “match”, pode fazer com que os problemas com falta de pessoal na instituição sejam minimizados e as escalas de plantão sejam feitas com maior eficiência.
Pensando nisso, a Sinaxys vai expandir seus horizontes e, em breve, contará também com vagas para enfermeiros e técnicos em seu banco.
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Conclusão
Uma escala de plantão bem planejada é essencial para manter a qualidade do atendimento de uma organização de saúde, já que é ela que define se haverá profissionais suficientes para atender à demanda daquele período de tempo, além de distribuir os colaboradores de forma a não sobrecarregá-los.
Mas, para isso, é preciso contar com uma equipe completa e qualificada, a fim de realizar o trabalho com eficiência, não é mesmo?
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